Mundo

Governo equatoriano recebe vídeo como "prova de vida" de sequestrados

Em vídeo, casal pede para presidente Lenín Moreno atender a exigências de sequestradores, que incluem a libertação de guerrilheiros detidos

Equador: casal foi sequestrado quando viajava para San Lorenzo, perto da divisa com a Colômbia (Dan Kitwood/Getty Images)

Equador: casal foi sequestrado quando viajava para San Lorenzo, perto da divisa com a Colômbia (Dan Kitwood/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 19h36.

Um grupo de rebeldes colombianos ativo na fronteira com o Equador enviou um vídeo como "prova de vida" de um casal sequestrado, informou o governo equatoriano nesta terça-feira, o segundo rapto cometido pelo grupo em menos de um mês.

Na semana passada dois jornalistas e seu motorista foram assassinados enquanto estavam na posse do grupo, composto por rebeldes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que se recusaram a se desmobilizar sob um acordo de paz de 2016.

No vídeo desta terça-feira, o casal atado, que o governo identificou como Oscar Efrén Villacis Gómez e Katty Vanesa Velasco Pinargote, pede ao presidente do Equador, Lenín Moreno, que atenda as exigências de seus sequestradores para que não tenham o mesmo fim dos jornalistas.

O casal viajava a San Lorenzo, na província de Esmeraldas, perto da divisa com a Colômbia, mas os detalhes do sequestro ainda não estão claros, disse Quito.

"O último contato por telefone com sua família foi na noite de quarta-feira, e mais tarde, na noite de quinta-feira, (a família) recebeu uma mensagem de texto, que está sendo analisada", disse o ministro do Interior, César Navas, aos repórteres.

O Equador está oferecendo uma recompensa de 100 mil dólares por informações sobre Walter Artizala, que atende pelo pseudônimo Guacho e lidera o grupo, e realizando operações militares conjuntas com a Colômbia na área da fronteira.

Navas disse que o grupo está exigindo a libertação de membros capturados, alguns dos quais foram detidos em batidas durante o final de semana.

"Eles são covardes porque usam escudos humanos para chantagear o povo equatoriano. Eles querem roubar a paz que conseguimos, mas não o permitiremos", afirmou o ministro.

Na segunda-feira Moreno deu 10 dias para o grupo se render.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaEquadorFarcSequestros

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua