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Governo do Mali e jihadistas trocam presos por reféns

As libertações aconteceram após as pressões exercidas pelos soldados franceses da Operação Berkhane


	Mali: as libertações aconteceram após as pressões exercidas pelos soldados franceses da Operação Berkhane
 (Michael Kappeler / Reuters)

Mali: as libertações aconteceram após as pressões exercidas pelos soldados franceses da Operação Berkhane (Michael Kappeler / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 11h33.

Bamaco - O governo do Mali e os jihadistas do grupo Ansar Dine fizeram nesta quinta-feira uma troca de presos por reféns que não foi comunicada oficialmente, mas que foi confirmada à Agência Efe por fontes da Polícia e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Três funcionários do CICV tinham sido sequestrados no fim de semana passado em Abeibara (norte do país), e se desconhecia seu paradeiro.

Na segunda-feira seguinte, 18 de abril, várias pessoas foram detidas em Kidal depois dos violentos fatos nos quais centenas de manifestantes causaram graves danos no aeroporto da cidade, essencial para o abastecimento de toda sua região e para a chegada de ajuda humanitária.

Aqueles distúrbios, que causaram duas mortes, foram a princípio atribuídos aos independentistas tuaregues do Movimento Nacional de Libertação do Azawad, que protestavam contra a detenção de vários de seus líderes.

No entanto, hoje foi descoberto que o Ansar Dine, grupo jihadista implantado entre os tuaregues, esteve negociando a libertação de quatro de seus simpatizantes detidos em Kidal, e em troca libertou ontem seus três reféns do CICV.

As fontes disseram à Efe que as libertações aconteceram após as pressões exercidas pelos soldados franceses da Operação Berkhane.

Esta troca de hoje parece demonstrar que os jihadistas, que foram aliados dos separatistas tuaregues em 2012 para depois se distanciarem, têm agora de novo uma espécie de conivência. 

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