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Governo da Malásia é acusado de fraudar eleições

Um protesto reuniu dezenas de milhares de pessoas vestidas de preto, em sinal de luto

Manifestantes acusam governo da Malásia de fraude em eleições: o governo e a Comissão Eleitoral tentaram diminuir importância a esta mobilização e dissuadir à população até o último momento. (REUTERS/Bazuki Muhammad)
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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 14h21.

Bangcoc - Dezenas de milhares de pessoas convocadas pela oposição se manifestaram nesta quarta-feira em Kuala Lumpur para denunciar que a coalizão de partidos que governa a Malásia há 56 anos fraudou a vitória nas eleições gerais de domingo.

A maior parte dos participantes foi vestida de preto, em sinal de luto, à convocação de Anwar Ibrahim, o principal político da oposição, no estádio Kelana Jaya, com capacidade para 25 mil espectadores.

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Ibrahim disse perante uma multidão que lotava o estádio e as ruas próximas que os malaios, sem importar sua ascendência, reivindicavam eleições livres e justas.

O líder acrescentou que as eleições de domingo não foram assim, porque houve votos fantasmas, usou-se tinta que deveria ser permanente mas se apagava e muitas outras irregularidades.

Anwar, do Partido Justicialista Popular (Keadilan), destacou que a Malásia falou e quer outro governo, não um dirigido pela Frente Nacional (Barisan Nasional), a coalizão de partidos que rege o país desde a independência, em 1957.

A polícia proibiu a princípio a manifestação porque os organizadores não haviam pedido permissão com dez dias de antecedência, mas no final voltou atrás e deixou-a seguir seu curso.

O governo e a Comissão Eleitoral tentaram diminuir importância a esta mobilização e dissuadir à população até o último momento.

Neste sentido, o presidente da Comissão Eleitoral, Abdul Aziz Mohd Yusof, criticou hoje 'certas formações' que se negam a aceitar os resultados e tentam desacreditar à agência que dirige com acusações sem fundamento.

Apesar da campanha lançada pela oposição, Najib Razak jurou o cargo de primeiro-ministro na segunda-feira passada para um mandato de cinco anos.

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