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Governo brasileiro repudia assassinato de 21 egípcios

Há semanas, militantes do Estado Islâmico na Líbia mantinham 21 cristãos coptas egípcios como reféns, ameaçando-os de morte


	Itamaraty: "o Governo brasileiro estende às famílias das vítimas e ao povo e Governo do Egito suas condolências e sua solidariedade", destacou, em nota
 (Getty Images)

Itamaraty: "o Governo brasileiro estende às famílias das vítimas e ao povo e Governo do Egito suas condolências e sua solidariedade", destacou, em nota (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 13h14.

São Paulo - O Governo brasileiro manifestou, por meio de nota publicada hoje pelo Ministério das Relações Exteriores, repúdio ao assassinato de 21 trabalhadores egípcios, alegadamente em território líbio, por membros do grupo autodenominado "Estado Islâmico". Classificou ainda o episódio como "brutal" e estendeu condolências às famílias das vítimas e ao povo egípcio.

"A intolerância religiosa e o recurso à violência política merecem o mais veemente repúdio do Governo e do povo brasileiro. O Governo brasileiro estende às famílias das vítimas e ao povo e Governo da República Árabe do Egito suas condolências e sua solidariedade", destacou, em nota.

Há semanas, militantes do Estado Islâmico na Líbia mantinham 21 cristãos coptas egípcios como reféns, ameaçando-os de morte. Um vídeo divulgado na noite de ontem mostrou a decapitação em massa desses cristãos.

O governo egípcio declarou um período de luto de sete dias e o presidente Abdel Fattah el-Sissi convocou uma reunião de segurança nacional de emergência para discutir uma resposta. Aviões de guerra do Egito atacaram alvos do Estado Islâmico na Líbia hoje, algumas horas depois de o grupo extremista divulgar o vídeo que mostrava a decapitação de vários cristãos coptas egípcios que eram mantidos reféns.

Um porta-voz das forças armadas anunciou a ocorrência dos ataques na rádio estatal, marcando a primeira vez que o Egito reconhece publicamente uma ação militar na vizinha Líbia, onde grupos extremistas considerados como uma ameaça para ambos os países têm explorado o caos após um levante em 2011 contra o ditador Muamar Kadafi.

Os aviões de guerra atacaram esconderijos de armas e campos de treinamento. Segundo o porta-voz das forças armadas, os "ataques intensos" tinham por objetivo "a vingança do derramamento de sangue e contra os assassinos".

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