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Governo amplia ajuda para usina de Belo Monte

Brasília - O governo resolveu dar mais uma mãozinha ao consórcio que vai tocar a usina de Belo Monte. As garantias que os controladores da hidrelétrica terão de apresentar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para obter o empréstimo para construção da obra, serão reforçadas com a decisão de usar a Eletrobras […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O governo resolveu dar mais uma mãozinha ao consórcio que vai tocar a usina de Belo Monte. As garantias que os controladores da hidrelétrica terão de apresentar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para obter o empréstimo para construção da obra, serão reforçadas com a decisão de usar a Eletrobras como compradora da energia destinada ao mercado livre.

No acordo de acionistas que será assinado pelos integrantes do consórcio Norte Energia, vencedor do leilão em abril, a estatal do setor elétrico vai assumir o compromisso de comprar os 20% da energia que deve ser vendida no mercado de grandes consumidores, a R$ 130 o megawatt (MW). Com isso, a Eletrobras vai elevar a estimativa inicial de faturamento da usina de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,5 bilhões. É com base nessa estimativa de receita que o BNDES definirá as condições do financiamento para a construção da hidrelétrica no Rio Xingu (PA).

A compra da energia destinada ao mercado livre pela Eletrobras foi confirmada ontem pelo diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Armando Casado de Araújo, durante teleconferência com analistas. "Garantimos a compra da energia como fez a Cemig com (a hidrelétrica) Jirau", afirmou. O executivo disse ainda que espera anunciar "para o mês" as condições operacionais e de financiamento do projeto.

Segundo Christopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia - uma gestora independente que administra 12% da carga de consumidores livres do País -, a posição adotada pela Eletrobras ajuda a equacionar o problema sobre a taxa de retorno do empreendimento, principal reclamação das empresas privadas que chegaram a mostrar interesse no projeto. "O contrato de venda para o mercado livre servirá como um recebível, que respalda o financiamento. Ter um recebível de valor maior para amortizar o empréstimo é sempre melhor", disse o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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