Agência de Notícias
Publicado em 24 de novembro de 2024 às 17h04.
O candidato do Partido Nacional, Álvaro Delgado, disse neste domingo que quer ser “o presidente de todos os uruguaios”, independentemente de terem votado nele ou não.
As declarações de Delgado à imprensa foram dadas após o candidato votar no segundo turno das eleições presidenciais que o país sul-americano realiza neste domingo, no qual cerca de 2,7 milhões de cidadãos estão convocados às urnas para escolher entre ele e o oposicionista Yamandú Orsi.
“O caminho que se escolhe para vencer é o caminho que o legitima a governar para todos. A partir de amanhã, quero ser o presidente de todos os uruguaios. Daqueles que votaram em mim hoje e daqueles que não votaram em mim”, enfatizou.
Nesse sentido, o candidato do partido governista disse que o povo não está elegendo partidos, mas sim quem vai liderar o país e com quais projetos.
“Os uruguaios vão decidir os próximos cinco anos”, enfatizou.
Sobre política internacional, Delgado comentou que convidará os oposicionistas venezuelanos Edmundo González Urrutia e María Corina Machado para uma eventual posse e que não o fará com Nicolás Maduro.
“Para mim, as eleições na Venezuela foram fraudulentas. A Venezuela é uma ditadura e, no dia 10 de janeiro, se Maduro não entregar o poder, será confirmado que ele é um presidente 'de facto'”, declarou.
O candidato também disse que “há oportunidades” com a Argentina e observou que o governo presidido por Javier Milei havia dado sinais de resolver questões que o Uruguai há muito tempo queria resolver, mas não conseguia.
“As declarações juramentadas antecipadas, a licença de importação não automática, que dificultava a exportação de produtos para a Argentina, a dragagem do canal de acesso ao Porto de Montevidéu para 14 metros, o acordo de céus abertos são coisas que foram alcançadas com o governo de Milei, o que pressagia que podemos continuar trabalhando, aprofundando o relacionamento e melhorando o Mercosul”, disse Delgado.
Por fim, ele comentou que no sábado conversou com o rival Orsi e lhe desejou sorte no dia da eleição.
"Eu disse a ele: 'Espero que você tenha muito menos sorte do que eu, mas quero que você saiba que minha ideia é criar um governo de unidade nacional'. Quero me manter firme nisso”, enfatizou.
O voto no Uruguai é obrigatório e aqueles que não comparecerem às urnas serão multados. Neste caso, os 2.727.120 eleitores poderão escolher entre uma das duas chapas: a do partido do governo (Álvaro Delgado e Valeria Ripoll) ou a da oposição (Yamandú Orsi e Carolina Cosse).
Para se tornar o sucessor de Luis Lacalle Pou, o candidato vencedor precisará apenas de uma maioria simples. Quem vencer, governará o Uruguai entre 1º de março de 2025 a 1º de março de 2030