Mundo

Gentiloni obtém confiança no Senado e conclui processo de posse

Ele obteve a confiança por 169 votos a favor e 99 contra, uma margem mais apertada que a de terça-feira

Itália: Gentiloni conta com um pouco mais de um ano para completar o programa, já que a legislatura termina no primeiro trimestre de 2018 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Itália: Gentiloni conta com um pouco mais de um ano para completar o programa, já que a legislatura termina no primeiro trimestre de 2018 (Alessandro Bianchi/Reuters)

E

EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 13h37.

Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 15h59.

Roma - O governo de Paolo Gentiloni, designado em substituição a Matteo Renzi, obteve nesta quarta-feira a confiança do Senado italiano, com o que conseguiu aprovação definitiva.

Gentiloni, ex-ministro das Relações Exteriores de Renzi, obteve 169 votos a favor e 99 contra em um total de 268 senadores.

Como aconteceu na véspera, na Câmara de Deputados, a votação foi boicotada por alguns setores da oposição, que consideram ilegítima sua designação depois da negativa contundente dos italianos no referendo sobre a reforma da constituição promovida pelo governista Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

"Este governo tem toda a confiança do Parlamento, tal como prevê a Constituição. Vamos governar com responsabilidade", declarouGentiloni, que pretende completar as reformas prometidas por seu predecessor, Renzi. O ex-premiê renunciou ao ao cargo depois da derrota do referendo em 4 de dezembro.

Gentiloni conta com um pouco mais de um ano para completar o programa, já que a legislatura termina no primeiro trimestre de 2018.

Um prazo difícil de cumprir, já que a maioria da classe política pressiona para sejam convocadas eleições antecipadas.

Renzi, que é secretário do PD, espera mobilizar os 13 milhões de eleitores que apoiaram sua reforma (19 milhões foram contrários) e voltar ao poder com o apoio deles.

Segundo o jornal La Repubblica, Renzi deseja que a data das eleições seja fixada para junho, depois que a lei eleitoral for reformada, um assunto fundamental para evitar a paralisação do país.

Gentiloni prometeu trabalhar para harmonizar as duas leis em vigor, que são diferentes para a Câmara de Deputados e o Senado.

Na votação da véspera, Gentiloni obteve o voto favorável de 368 deputados e 105 votaram contra.

"Meu governo permanecerá enquanto tiver a confiança do Parlamento", disse o ex-ministro das Relações Exteriores, que também citou como suas prioridades a reconstrução dos povoados destruídos pelos terremotos de 2016 e o resgate dos bancos italianos.

O governo liderado por Gentiloni, considerado uma "fotocópia" da administração de Matteo Renzi, enfrentará a oposição do Movimento 5 Estrelas e da Liga Norte, que não participaram da votação de terça-feira.

"O Parlamento não é uma rede social", declarou o chefe de governo ao criticar a tensão política, após o duro enfrentamento e os ataques contra seu predecessor.

Gentiloni voltou a pedir respeito à decisão de Renzi de renunciar ao cargo.

O novo primeiro-ministro, de 62 anos, explicou que entende as críticas à política contra os imigrantes adotada pela Europa, que considera "inaceitável".

Gentiloni confirmou que na quinta-feira participará, em Bruxelas, do Conselho Europeu, sua primeira atuação como primeiro-ministro.

A Itália assumirá no próximo ano a presidência do G-7 - grupo dos sete países mais ricos do mundo - e organizará a cúpula do grupo em maio, na Sicília.

Os italianos também ocuparão no próximo ano o Conselho de Segurança das Nações Unidas e celebrarão em março o 60º aniversário do Tratado de Roma, na data de nascimento da União Europeia, uma oportunidade para relançar o projeto após o Brexit, a saída da Grã-Bretanha do bloco.

ual registrou 368 votos a favor e 105 contra.

Acompanhe tudo sobre:GovernoItáliaPolítica

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos