O ex-primeiro ministro da Itália, Paolo Gentiloni, e seu sucessor Giuseppe Conte (Alessandro Bianchi/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de junho de 2018 às 14h54.
Roma - O primeiro-ministro em fim de mandato da Itália, Paolo Gentiloni, transferiu nesta sexta-feira os poderes ao seu sucessor no cargo, Giuseppe Conte, em uma tradicional cerimônia simbólica realizada no Palazzo Chigi, sede do Executivo.
Trata-se da chamada "cerimônia da campainha", na qual Gentiloni, do Partido Democrata (centro-esquerda) passa o sino usado para abrir e fechar os Conselhos de Ministros ao novo primeiro-ministro como símbolo da transferência de poderes.
O ato aconteceu depois que Conte e seus 18 ministros juraram seus cargos perante o presidente da República, Sergio Mattarella, no próximo Palácio do Quirinal, sede da presidência.
Conte, apoiado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S) e pela Liga Norte, foi recebido no pátio central do palácio romano por um comitê de honra e, após passar em revista os militares, entrou na conhecida como Sala dos Galeões, onde aconteceu a transferência de poderes.
O anterior e o novo primeiro-ministro posaram juntos perante os fotógrafos, se cumprimentaram, mas não trocaram palavra alguma em público, embora tenham se reunido previamente.
Na cerimônia estiveram presentes seus vice-presidentes, o líder do M5S, Luigi di Maio, também ministro de Desenvolvimento Econômico, e o da Liga, Matteo Salvini, titular de Interior, além de outros componentes do novo Executivo.
Gentiloni, romano de 63 anos, deixou o edifício sob aplausos e com honras, após ter governado a Itália desde o dia 12 de dezembro de 2016, substituindo seu correligionário Matteo Renzi, que renunciou ao fracassar em um referendo constitucional.
Em uma mensagem prévia no Twitter, Gentiloni escreveu: "Obrigado a toda equipe de governo, e à minha esposa. Servir à Itália foi uma honra. Hoje deixamos (o país) em melhores condições do que encontramos", publicou.
Após a saída de Gentiloni do palácio romano, Conte realizará seu primeiro Conselho de Ministros.
Nos próximos dias deverá submeter-se à votação de posse nas duas sedes do parlamento, a Câmara dos Deputados e o Senado, pela qual deve passar sem percalços, uma vez que o M5S e a Liga contam com maioria absoluta.