G20 prepara suas armas contra os desequilíbrios mundiais
Grupo que reúne os países ricos e emergentes vai se reunir para estabelecer critérios mais claros para medir os desequilíbrios entre as economias
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 13h20.
Washington - Os ministros das Finanças do G20 se reúnem nesta quinta e sexta-feira em Washington para calibrar suas armas ante os desequilíbrios da economia mundial, confrontada a novos desafios vinculados às revoltas do mundo árabe e à catástrofe que atingiu o Japão.
A reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos principais países ricos e emergentes, à margem das assembleias de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), começará na quinta-feira à noite com uma análise de conjuntura.
O diagnóstico pode ser similar ao estabelecido pelo FMI, em geral otimista, apesar da recente disparada dos preços do petróleo.
"A economia mundial conhece novos desafios, com as tensões no Oriente Médio e o terremoto no Japão. Mas a reativação parece pousar sobre fatores que devem ajudar", explicou o membro de uma delegação.
O G7, que agrupa os países industrializados, se reunirá antes do G20, em um encontro no qual pode haver uma parte dedicada às revoltas no mundo árabe.
Para que o crescimento mundial seja "forte, equilibrado e duradouro", segundo as palavras-chave do G20, seus ministros retomarão os trabalhos para enfrentar os desequilíbrios.
O G20 adotou em fevereiro em Paris um difícil compromisso arrancado in extremis da China sobre uma lista de indicadores para medir os desequilíbrios internos (déficit, endividamento, economia) e externos (balança de contas correntes).
Em Washington, os ministros devem estabelecer tetos para estes indicadores, que de qualquer modo não serão limítrofes em valores universais.
Segundo um mecanismo que "pode parecer complexo e tecnocrático", de acordo com as palavras de um negociador, haverá "linhas diretrizes" adaptadas a cada país, analisadas levando-se em conta suas particularidades e que dirão quais nações apresentam desequilíbrios que merecem um exame mais detalhado.
Estas "linhas diretrizes" definidas e uma lista de países submetidos a este diagnóstico profundo darão lugar na cúpula do G20 em Cannes (sul da França), em novembro, a recomendações de política econômica que tendem a acabar com estes desequilíbrios.
Estados Unidos, Alemanha, China e Japão estão certamente nesta lista, segundo uma fonte próxima às negociações. Outros países podem se somar a ela.
Para vários observadores, este processo é uma maneira dissimulada de levar a China a modificar seu modelo econômico e apoiar mais sua demanda interna.
As outras grandes potências, em primeiro lugar os Estados Unidos, acusam Pequim de manter sua moeda desvalorizada de forma artificial para impulsionar suas exportações e acumular excedentes, o que afeta seus sócios comerciais.
A questão da cotação de moedas e a reforma do sistema monetário internacional também será abordada.
A França impulsiona a elaboração de um calendário para a integração da moeda chinesa às moedas que integram o ativo monetário do FMI junto ao dólar, ao euro, ao iene e à libra esterlina.
Washington - Os ministros das Finanças do G20 se reúnem nesta quinta e sexta-feira em Washington para calibrar suas armas ante os desequilíbrios da economia mundial, confrontada a novos desafios vinculados às revoltas do mundo árabe e à catástrofe que atingiu o Japão.
A reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos principais países ricos e emergentes, à margem das assembleias de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), começará na quinta-feira à noite com uma análise de conjuntura.
O diagnóstico pode ser similar ao estabelecido pelo FMI, em geral otimista, apesar da recente disparada dos preços do petróleo.
"A economia mundial conhece novos desafios, com as tensões no Oriente Médio e o terremoto no Japão. Mas a reativação parece pousar sobre fatores que devem ajudar", explicou o membro de uma delegação.
O G7, que agrupa os países industrializados, se reunirá antes do G20, em um encontro no qual pode haver uma parte dedicada às revoltas no mundo árabe.
Para que o crescimento mundial seja "forte, equilibrado e duradouro", segundo as palavras-chave do G20, seus ministros retomarão os trabalhos para enfrentar os desequilíbrios.
O G20 adotou em fevereiro em Paris um difícil compromisso arrancado in extremis da China sobre uma lista de indicadores para medir os desequilíbrios internos (déficit, endividamento, economia) e externos (balança de contas correntes).
Em Washington, os ministros devem estabelecer tetos para estes indicadores, que de qualquer modo não serão limítrofes em valores universais.
Segundo um mecanismo que "pode parecer complexo e tecnocrático", de acordo com as palavras de um negociador, haverá "linhas diretrizes" adaptadas a cada país, analisadas levando-se em conta suas particularidades e que dirão quais nações apresentam desequilíbrios que merecem um exame mais detalhado.
Estas "linhas diretrizes" definidas e uma lista de países submetidos a este diagnóstico profundo darão lugar na cúpula do G20 em Cannes (sul da França), em novembro, a recomendações de política econômica que tendem a acabar com estes desequilíbrios.
Estados Unidos, Alemanha, China e Japão estão certamente nesta lista, segundo uma fonte próxima às negociações. Outros países podem se somar a ela.
Para vários observadores, este processo é uma maneira dissimulada de levar a China a modificar seu modelo econômico e apoiar mais sua demanda interna.
As outras grandes potências, em primeiro lugar os Estados Unidos, acusam Pequim de manter sua moeda desvalorizada de forma artificial para impulsionar suas exportações e acumular excedentes, o que afeta seus sócios comerciais.
A questão da cotação de moedas e a reforma do sistema monetário internacional também será abordada.
A França impulsiona a elaboração de um calendário para a integração da moeda chinesa às moedas que integram o ativo monetário do FMI junto ao dólar, ao euro, ao iene e à libra esterlina.