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G20 pede agilidade para aplicar acordo do clima de Paris

O Acordo de Paris foi criado para substituir o Protocolo de Kioto a partir de 2020, embora para poder entrar em vigor precise contar com respaldo de 55 países

G20: tanto China como os EUA anunciaram que se submeteriam ao estipulado no COP21 (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 09h53.

Hangzhou - Os países-membros do G20 acordaram nesta segunda-feira, durante a cúpula anual realizada na cidade chinesa de Hangzhou, "fazer esforços para uma pronta entrada em vigor e implementação" do Acordo de Paris contra a mudança climática (COP21) de novembro, anunciou o presidente da China.

Assim declarou formalmente o líder do gigante asiático e anfitrião da cúpula, Xi Jinping , durante sua entrevista coletiva posterior ao encerramento da cúpula.

Um dia antes, tanto China como os EUA, os dois maiores emissores de partículas poluentes do planeta, anunciaram que se submeteriam ao estipulado no COP21.

O Acordo de Paris foi criado para substituir o Protocolo de Kioto a partir de 2020, embora para poder entrar em vigor tenha sido fixado que seria necessário que contasse, pelo menos, com o respaldo de 55 países que somem pelo menos 55% das emissões de efeito estufa.

Nesse sentido, o compromisso anunciado neste fim de semana por Pequim e Washington para apresentar conjuntamente seus instrumentos de ratificação é fundamental, já que só entre ambos somam já 38% mundial de emissões, o que facilita muito o caminho restante para que se faça possível uma pronta entrada em vigor do COP21, inclusive dentro deste mesmo ano.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse se sentir "otimista" com relação a essa possibilidade na véspera da cúpula de Hangzhou. O presidente francês, François Hollande, um dos principais impulsores do acordo, disse nesta cúpula que seu maior objetivo é "fazer com que seja ratificado o mais em breve possível".

Entre os países latino-americanos membros do G20, o presidente atual do Brasil, Michel Temer, cujo Legislativo aprovou se somar a este compromisso internacional em agosto passado, confirmou em Hangzhou que formalizará muito em breve perante a ONU esse compromisso.

Já a delegação dos EUA manifestou no final da reunião que esteve promovendo a rápida ratificação durante esta cúpula e que "tem a intenção de seguir trabalhando com o G20 e seus parceiros mundiais para adotar uma emenda de redução de (as emissões de) hidrocarbonetos de carbono (partículas poluentes orgânicas) ao Protocolo de Montreal".

Esta medida poderia servir para reduzir em pelo menos meio grau centígrado o aquecimento mundial esperado para o final deste século, o que os EUA esperam que se possa combinar mais adiante com "uma medida baseada no mercado para abordar as emissões da aviação internacional" e contribuir igualmente nesse esforço, segundo destacou em comunicado.

Xi Jinping anunciou hoje o compromisso sobre Paris, no qual se mostraram de acordo todos os membros do grupo das principais economias desenvolvidas e emergentes, como um dos gestos com os quais seus componentes esperam "lançar ao mundo o sinal de que o G20 pertence não só a seus países-membros, mas a todo o planeta".

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Hangzhou - Os países-membros do G20 acordaram nesta segunda-feira, durante a cúpula anual realizada na cidade chinesa de Hangzhou, "fazer esforços para uma pronta entrada em vigor e implementação" do Acordo de Paris contra a mudança climática (COP21) de novembro, anunciou o presidente da China.

Assim declarou formalmente o líder do gigante asiático e anfitrião da cúpula, Xi Jinping , durante sua entrevista coletiva posterior ao encerramento da cúpula.

Um dia antes, tanto China como os EUA, os dois maiores emissores de partículas poluentes do planeta, anunciaram que se submeteriam ao estipulado no COP21.

O Acordo de Paris foi criado para substituir o Protocolo de Kioto a partir de 2020, embora para poder entrar em vigor tenha sido fixado que seria necessário que contasse, pelo menos, com o respaldo de 55 países que somem pelo menos 55% das emissões de efeito estufa.

Nesse sentido, o compromisso anunciado neste fim de semana por Pequim e Washington para apresentar conjuntamente seus instrumentos de ratificação é fundamental, já que só entre ambos somam já 38% mundial de emissões, o que facilita muito o caminho restante para que se faça possível uma pronta entrada em vigor do COP21, inclusive dentro deste mesmo ano.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse se sentir "otimista" com relação a essa possibilidade na véspera da cúpula de Hangzhou. O presidente francês, François Hollande, um dos principais impulsores do acordo, disse nesta cúpula que seu maior objetivo é "fazer com que seja ratificado o mais em breve possível".

Entre os países latino-americanos membros do G20, o presidente atual do Brasil, Michel Temer, cujo Legislativo aprovou se somar a este compromisso internacional em agosto passado, confirmou em Hangzhou que formalizará muito em breve perante a ONU esse compromisso.

Já a delegação dos EUA manifestou no final da reunião que esteve promovendo a rápida ratificação durante esta cúpula e que "tem a intenção de seguir trabalhando com o G20 e seus parceiros mundiais para adotar uma emenda de redução de (as emissões de) hidrocarbonetos de carbono (partículas poluentes orgânicas) ao Protocolo de Montreal".

Esta medida poderia servir para reduzir em pelo menos meio grau centígrado o aquecimento mundial esperado para o final deste século, o que os EUA esperam que se possa combinar mais adiante com "uma medida baseada no mercado para abordar as emissões da aviação internacional" e contribuir igualmente nesse esforço, segundo destacou em comunicado.

Xi Jinping anunciou hoje o compromisso sobre Paris, no qual se mostraram de acordo todos os membros do grupo das principais economias desenvolvidas e emergentes, como um dos gestos com os quais seus componentes esperam "lançar ao mundo o sinal de que o G20 pertence não só a seus países-membros, mas a todo o planeta".

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