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G-20 honrou compromisso e manteve fluxo de investimento

Líderes do G-20 firmaram o compromisso na reunião de novembro de 2008, em Washington e mantiveram o acordo nos encontros subsequentes em Londres e Pittsburgh, no ano seguinte

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Londres - Os países do grupo das vinte maiores economias do mundo (G-20) cumpriram seu compromisso de resistir a medidas que discriminariam investimentos estrangeiros, mas devem vender rapidamente as participações em bancos e outras companhias que adquiriram durante a crise financeira. A recomendação foi feita em relatório conjunto da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas (ONU)

Os líderes do G-20 firmaram o compromisso na reunião de novembro de 2008, em Washington e mantiveram o acordo nos encontros subsequentes em Londres e Pittsburgh, no ano seguinte. Analisando suas ações desde o final de 2008, a OCDE e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, em inglês) concluíram que os membros do G-20 conseguiram evitar novas barreiras ao investimento internacional.

Com a recessão da economia global no final de 2008, muitos economistas temiam uma repetição do que houve na década de 1930, quando os governos em todo o mundo criaram barreiras ao comércio e investimento com o objetivo de proteger produtores e trabalhadores locais, o que acabou prolongando o mau tempo para a economia.

"Os líderes do G-20 devem ser elogiados por resistir a pressões protecionistas, com isso contribuindo para um retorno do crescimento e aumentando a confiança do investidor", de acordo com o relatório das duas agências.

A OCDE e a ONU, no entanto, afirmaram que as nações do G-20 introduziram algumas medidas destinadas a apoiar os setores como o financeiro e o automotivo que, em conjunto, são discriminatórias em relação a investidores estrangeiros. Elas advertiram que tais medidas representam "sérias ameaças" à competição livre e aberta e que deveriam ser retiradas "assim que as condições econômicas permitirem".

As agências também recomendam fortemente que os governos vendam o mais rápido possível a participação em bancos e outras companhias acumulada durante a crise. "Tais posições, se mantidas por muito tempo, podem gerar confusão entre o papel de regulador e o de proprietário, interferindo em processos competitivos de produtos e mercados de capital", adverte o relatório.

As agências ressaltaram que o compromisso do G-20 expira no fim deste ano e pediram aos líderes que o renovem. Os líderes do G-20 se encontrarão em Toronto, em 26 e 27 de junho, e em Seul, em novembro. "Abertura a investimento internacional é uma precondição para uma economia global forte, a criação de emprego e a inovação", segundo a OCDE e a ONU. "Portanto, os líderes do G-20 deveriam estender seu compromisso para resistir ao protecionismo e promover o investimento global para acalmar os investidores".

O fluxo global de investimento estrangeiro caiu 40%, para US$ 1 trilhão, em 2009. O fluxo de investimentos em membros do G-20 totalizou US$ 600 bilhões. A OCDE e a ONU não esperam que os fluxos de investimento estrangeiro se recuperem rapidamente.

As informações são da Dow Jones.

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