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Futuro da América Latina depende de união dos dois oceanos

Dilma Rousseff disse que o futuro da América Latina depende da capacidade da região para unir as regiões dos dois oceanos que banham suas costas

Dilma Rousseff durante discurso: "o futuro da América Latina depende de nossa capacidade de unir esses mares", disse (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 13h45.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o futuro da América Latina depende da capacidade da região para unir tanto física como politicamente as regiões dos dois oceanos que banham suas costas.

"Nosso continente tem a sorte de ser banhado por dois oceanos. O futuro da América Latina depende de nossa capacidade de unir esses mares", disse a governante na cerimônia inaugural do primeiro encontro regional para a América Latina da Iniciativa Global Clinton (CGI, por sua sigla em inglês), no Rio de Janeiro.

De acordo com a chefe de Estado, a integração entre o Atlântico e o Pacífico exige obras de infraestrutura para conectar os países da região, uma estratégia para integrar as cadeias produtivas e esforços políticos de articulação.

"A união dos oceanos dará passagem a um continente integrado que deixará de ser objeto passivo de novas conquistas", afirmou perante os líderes políticos e empresariais convocados pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton para discutir estratégias de ação para resolver os problemas da América Latina.

Segundo Dilma, a integração permitirá que a América do Sul se assuma como uma região soberana e apta para ter um papel relevante em um mundo multipolar em construção. "Um mercado consumidor de 400 milhões de sul-americanos confere à região uma importância maiúscula", assegurou.

A chefe de Estado rejeitou que o Brasil possa ser qualificado como líder regional já que o projeto do país se baseia na solidariedade e não em posições hegemônicas.


"As iniciativas supranacionais exigem prudência para que não se sacrifiquem os ritmos próprios de um país em detrimento de outro", disse, após advertir que a região necessita reduzir as assimetrias internas para poder crescer e se integrar de forma harmônica.

A presidente afirmou que a América Latina conseguiu superar a crise econômica internacional graças às políticas de redução da pobreza, que permitiram a criação de um mercado de consumo de massas.

"Graças a esse novo mercado consumidor, atravessamos a crise global de 2008 e 2009 e achamos condições para que houvesse na região um forte dinamismo para o comércio entre nossos países", disse.

Na opinião de Dilma, as melhoras na América Latina nos últimos anos também são consequência do crescimento do comércio intrarregional no Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União Sul-Americana de Nações (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

"No Mercosul foi registrada uma extraordinária expansão comercial, desde US$ 4,8 bilhões há alguns anos até US$ 58 bilhões em 2012", disse.

"Somos conscientes da importância do comércio, mas também temos claro que temos que integrar nossas cadeias produtivas para reduzir as assimetrias", acrescentou.

Dilma afirmou que desde que assumiu o poder, em janeiro de 2011, manifestou sua disposição de associar o destino do Brasil ao da América Latina sem perguntar por preferências políticas ou ideológicas com os demais países.

O primeiro encontro regional para a América Latina da CGI, com a participação de Clinton, se estenderá até terça-feira e contará com a presença de vários líderes políticos, empresariais e da sociedade civil da região.

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Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o futuro da América Latina depende da capacidade da região para unir tanto física como politicamente as regiões dos dois oceanos que banham suas costas.

"Nosso continente tem a sorte de ser banhado por dois oceanos. O futuro da América Latina depende de nossa capacidade de unir esses mares", disse a governante na cerimônia inaugural do primeiro encontro regional para a América Latina da Iniciativa Global Clinton (CGI, por sua sigla em inglês), no Rio de Janeiro.

De acordo com a chefe de Estado, a integração entre o Atlântico e o Pacífico exige obras de infraestrutura para conectar os países da região, uma estratégia para integrar as cadeias produtivas e esforços políticos de articulação.

"A união dos oceanos dará passagem a um continente integrado que deixará de ser objeto passivo de novas conquistas", afirmou perante os líderes políticos e empresariais convocados pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton para discutir estratégias de ação para resolver os problemas da América Latina.

Segundo Dilma, a integração permitirá que a América do Sul se assuma como uma região soberana e apta para ter um papel relevante em um mundo multipolar em construção. "Um mercado consumidor de 400 milhões de sul-americanos confere à região uma importância maiúscula", assegurou.

A chefe de Estado rejeitou que o Brasil possa ser qualificado como líder regional já que o projeto do país se baseia na solidariedade e não em posições hegemônicas.


"As iniciativas supranacionais exigem prudência para que não se sacrifiquem os ritmos próprios de um país em detrimento de outro", disse, após advertir que a região necessita reduzir as assimetrias internas para poder crescer e se integrar de forma harmônica.

A presidente afirmou que a América Latina conseguiu superar a crise econômica internacional graças às políticas de redução da pobreza, que permitiram a criação de um mercado de consumo de massas.

"Graças a esse novo mercado consumidor, atravessamos a crise global de 2008 e 2009 e achamos condições para que houvesse na região um forte dinamismo para o comércio entre nossos países", disse.

Na opinião de Dilma, as melhoras na América Latina nos últimos anos também são consequência do crescimento do comércio intrarregional no Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União Sul-Americana de Nações (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

"No Mercosul foi registrada uma extraordinária expansão comercial, desde US$ 4,8 bilhões há alguns anos até US$ 58 bilhões em 2012", disse.

"Somos conscientes da importância do comércio, mas também temos claro que temos que integrar nossas cadeias produtivas para reduzir as assimetrias", acrescentou.

Dilma afirmou que desde que assumiu o poder, em janeiro de 2011, manifestou sua disposição de associar o destino do Brasil ao da América Latina sem perguntar por preferências políticas ou ideológicas com os demais países.

O primeiro encontro regional para a América Latina da CGI, com a participação de Clinton, se estenderá até terça-feira e contará com a presença de vários líderes políticos, empresariais e da sociedade civil da região.

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