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Furacão Milton sobe à categoria 4, ameaça México e Flórida

Segundo o Centro de Furacões dos Estados Unidos, ele é "extremamente perigoso"

O furacão Milton avança pelo Golfo do México em 6 de outubro de 2024, em imagem de cortesia da NOAA e RAMMB (HANDOUT / NOAA/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 13h29.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 13h53.

O furacão Milton se intensificou rapidamentenesta segunda-feira, 7, até atingir a categoria 4 (de 5), uma tempestade com ventos de 240 km/h que ameaça as costas do México e da Flórida, informou o Centro de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Segundo grande furacão registrado no Golfo do México em duas semanas, Milton é "extremamente perigoso" segundo o NHC, cuja escala de referência varia de 1 a 5.

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Antes de atingir o oeste da Flórida na quarta-feira, as autoridades esperam que provoque ventos fortes e um aumento no nível da água de até 1,5 metro na península mexicana de Yucatán, com "ondas grandes e destrutivas".

Há apenas 10 dias, o furacão Helene provocou mais de 220 mortes no sul dos Estados Unidos. As autoridades da Flórida determinaram nesta segunda-feira novas evacuações na região, que ainda se recupera dos últimos danos.

Milton poder levar chuvas de até 25 cm para a Flórida (com focos de até 38 cm), com inundações repentinas em áreas urbanas, segundo o NHC.

A agência alertou que os furacões mais poderosos, de categoria 3 e superiores, são "devastadores" até mesmo para casas solidamente construídas, e que "faltará eletricidade e água durante vários dias após a tempestade passar".

A prefeita de Tampa, Jane Castor, disse à CNN que a cidade ainda se recupera da passagem do Helene e que novas chuvas seriam "muito difíceis, sem mencionar a tempestade ciclônica e os danos causados pelo vento".

O governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou 51 dos 67 condados do estado em situação de emergência, alertando que Milton pode ter "impactos importantes".

O presidente Joe Biden disse em comunicado que seu governo estava preparando "recursos para salvar vidas".

Os cientistas dizem que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões porque as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor de água, dando mais energia às tempestades e, consequentemente, intensificando seus ventos.

Bombardeio de desinformação

Helene atingiu a costa da Flórida como furacão de categoria 4 em 26 de setembro e deixou um rastro de destruição em seu interior até os Montes Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações.

A tempestade causou mais de 220 mortes, tornando-se a catástrofe natural mais mortal a atingir o país desde o furacão Katrina em 2005. O número de mortos continua a aumentar.

Os socorristas trabalham para encontrar sobreviventes e levar energia e água potável às comunidades isoladas pela tempestade nas montanhas.

A magnitude dos danos não impediu que o desastre se tornasse o centro de uma campanha de desinformação.

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, acusou sua rival democrata à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris, de atribuir aos migrantes parte do orçamento destinado a ajudar as pessoas afetadas pelo Helene.

"É ridículo e simplesmente falso", respondeu no domingo o diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).

A Fema e verificadores de conteúdo lembraram que seu programa para fornecer abrigo e ajuda aos migrantes é financiado diretamente pelo Congresso, completamente separado do orçamento que recebe para enfrentar desastres naturais.

A ABC informou que, devido a esta campanha, os agentes de segurança estão monitorando ameaças aos funcionários da Fema e de outras agências federais.

Um usuário sugeriu "que uma milícia aja contra a Fema" em uma publicação na rede social X, com mais de 500 mil visualizações.

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