Colônia - Um funeral organizado pelo governo da Alemanha na catedral de Colônia, no oeste do país, lembrará nesta sexta-feira as 150 vítimas do voo 4U9525 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses após uma manobra deliberada do copiloto Andrea Lubitz.
Serão acesas 150 velas no principal altar da igreja em memória dos mortos, incluindo uma em homenagem ao próprio Lubitz, já que, segundo declarações dadas ontem pelo cardeal de Colônia, Rainer Woelki, seu julgamento cabe a Deus e não aos homens.
Estarão presentes cerca de 500 familiares das vítimas, além de 50 voluntários que participaram do rastreamento da aeronave após a queda e a cúpula da Germanwings. Também confirmaram presença a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente Joachim Gauck.
A Espanha - de onde procedia um terço das vítimas - será representada pelo ministro do Interior, Jorge Fernández Diáz. Já a França enviará o secretário de Estado de Transportes, Alain Vidalies.
Será uma cerimônia ecumênica, concelebrada por Woelki e o presidente da Igreja Evangélica de Westfália, Annete Kurschus, com início às 7h (horário de Brasília). A homenagem ocorre três semanas depois da tragédia, enquanto as investigações continuam sendo realizadas pelas autoridades.
Apenas 1.400 convidados terão acesso ao templo, mas a cerimônia poderá ser acompanhada do lado de fora e em telões instalados perto da estação de trem de Colônia, próxima à catedral, e na Igreja de Santa Maria da Ascensão.
Emissoras de televisão do país também transmitirão o funeral, que deve ter duas horas de duração.
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1. Tragédias no ar
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1/7 (Reuters)
São Paulo – Autoridades da
França revelaram nesta manhã que o acidente com o
Airbus A320 da Germanwings pode ter sido causado por ações de seu copiloto,
o alemão Andreas Lubitz. Ele teria trancado o piloto do lado de fora da cabine e acionado o mecanismo de descida do avião, fazendo com que se chocasse contra o solo nos Alpes franceses e matando 150 pessoas. Este episódio, contudo, não é o primeiro da história da aviação no qual um membro da tripulação age de maneira deliberada a causar a queda de uma aeronave. A
Aviation Safety Network, site que mantém registros destes incidentes, conta com uma relação de
acidentes aéreos cujas investigações revelaram terem sido causados pelos próprios pilotos ou copilotos. Confira nas imagens.
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2. Voo 470 da Linhas Aéreas de Moçambique
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2/7 (Christian Volpati/WikimediaCommons)
Em 29 de novembro de 2013, uma aeronave da Linhas Aéreas de Moçambique percorria o trajeto entre Maputo, em Moçambique, e Luanda, em Angola, quando caiu em um parque nacional na Namíbia matando 33 pessoas. De acordo com análises feitas nas caixas-pretas, o piloto Hermínio dos Santos Fernandes teve a intenção de causar acidente ao trancar o copiloto do lado de fora da cabine e acionar o piloto automático, ignorando os alertas emitidos pela aeronave. Até hoje, as razões que levaram o piloto a derrubar o avião são desconhecidas. Segundo a ASN, Fernandes havia perdido um filho cerca de um ano antes da tragédia e enfrentava problemas em seu casamento. Na imagem, um avião similar ao que se envolveu no acidente.
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3. Voo 990 da EgyptAir
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3/7 (Konstantin von Wedelstaedt/WikimediaCommons)
Em 31 de outubro de 1999, um Boeing 767 da EgyptAir caiu no oceano cerca de duas horas depois de ter decolado do aeroporto JFK em Nova York matando 217 pessoas. De acordo com a ASN, o copiloto Gameel Al-Batouti desligou o piloto automático e mergulhou o avião no mar. Análises da caixa-preta mostraram que, momentos antes, o piloto havia deixado a cabine e, ao retornar, não entendeu o que estava acontecendo. Teria então gritado com o copiloto perguntando o que ele estava fazendo. A resposta, contudo, foi apenas “eu confio em Deus”. Não se sabe ao certo o que levou Al-Batouti a realizar esta ação, mas as investigações mostraram que foi ela a causa inicial do acidente.
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4. O voo 630 da Royal Air Maroc
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4/7 (Reprodução/Facebook)
A aeronave decolou em 21 de agosto de 1994 de Agadir, no Marrocos, com destino a Casablanca. Cerca de dez minutos depois, se chocou contra uma cadeia montanhosa matando 44 pessoas. De acordo com a ASN, o piloto Younes Khayati teria deliberadamente desligado o piloto automático e direcionado a aeronave para o solo. A tese defendida por investigadores é contestada pela companhia aérea, que diz que ele não apresentava sinais de insatisfação ou frustração em sua vida. Nesta imagem de divulgação, uma aeronave da Royal Air Maroc é vista em um aeroporto.
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5. O acidente com o ATR-42 da Air Botswana
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5/7 (Louisdefune/WikimediaCommons)
O episódio aconteceu em 11 de outubro de 1999 em Gaborone, Botswana. Naquela manhã, o piloto embarcou só e decolou. Aos controladores aéreos, disse que desejava falar com várias pessoas, entre as quais o presidente do país e sua própria namorada. Depois de voar por duas horas, direcionou o avião ao solo, se chocando contra outros dois aviões que estavam na pista. Na época, ele estava afastado de suas funções por razões médicas e havia sido reprovado em testes psicológicos. Na imagem, um avião similar ao que se envolveu no acidente.
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6. O suicídio de um piloto russo
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6/7 (FlightG N Falcon/WikimediaCommons)
Em 26 de setembro de 1976, um piloto russo decolou sem permissão do aeroporto de Novosibirsk-Severny, na Rússia, e jogou a aeronave contra o prédio no qual vivia sua ex-mulher. Ao todo, 12 pessoas morreram, com exceção da mulher. Na imagem, o aeroporto de onde decolou o piloto.
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7. Agora veja cenas da tragédia da Germanwings
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7/7 (Getty Images)