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Fronteira dos EUA se estende até Dubai para atrair viajantes

Barreira alfandegária promete se converter em um oásis para os viajantes cansados que vão aos Estados Unidos


	Terminal do Aeroporto Internacional JFK: viajantes internacionais podem ficar até quatro horas e meia na fila no aeropoto 
 (Craig Warga/Bloomberg)

Terminal do Aeroporto Internacional JFK: viajantes internacionais podem ficar até quatro horas e meia na fila no aeropoto  (Craig Warga/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 15h32.

Dubai/Londres/Washington - Uma barreira alfandegária dos EUA localizada a um dia de voo de Nova York no deserto da Arábia promete se converter em um oásis para os viajantes cansados que vão aos Estados Unidos.

A Agência de Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA abriu uma base em Abu Dhabi em 24 de janeiro, a primeira no Oriente Médio e fora do continente americano exceto por outra na Irlanda. Planeja-se a abertura de outro posto em Dubai até dentro de um ano, para acelerar a passagem dos viajantes pelos normalmente árduos processos de imigração, pois os EUA visam eliminar ameaças terroristas antes que os aspirantes a perpetradores sequer embarquem em um avião.

A campanha dos EUA para fortalecer a segurança da imigração com postos no exterior oferecerá uma vantagem à Emirates e à outras companhias de crescimento rápido do Golfo Pérsico porque os controles no exterior podem tirar horas do processo de cruzar a fronteira nos principais pontos de entrada aos EUA, o que normalmente é o final mais atormentador para um voo de longa distância. Em vez disso, os passageiros em Abu Dhabi podem aproveitar o tempo de folga entre voos para completarem o processo, elevando o atrativo dos luxuriosos aeroportos do Golfo como centros globais de viagens.

“O voo é longo e ficamos exaustos, então ficamos horas esperando por lá”, disse Sahar Riaz, 17, estudante que viaja de Dubai para os EUA até três vezes por ano para visitar a irmã em Nova York. “Muito mais conveniente acabar tudo daqui, porque não se está tão cansado quanto se estaria na hora de chegar aos EUA”.

Os viajantes internacionais podem ficar até quatro horas e meia na fila no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, disse em 18 de setembro a Associação Americana de Viagens.

Conveniência x Segurança

Ao contrário, a transferência para um voo rumo a Nova York em Dublin pode demorar apenas uma hora e quinze minutos. O país desfruta de direitos de pré-aprovação há décadas, como legado dos primeiros anos de viagens internacionais, quando os aviões dos voos entre os EUA e a Europa paravam para reabastecer no local.


A Associação de Pilotos de Companhias Aéreas dos EUA diz que a conveniência não deveria ser a principal consideração depois da segurança, e que o acordo com Emirados Árabes Unidos coloca empregos nos EUA em risco. Os termos do acordo implicam que o país assumirá 85 por cento dos custos das instalações e dará autoridade legal total aos EUA.

O CEO da Delta Air Lines Inc., Richard Anderson, disse aos analistas em julho que no intuito de combater as demoras nas fronteiras dos EUA, “a resposta não deveria ser terceirizar o JFK em Abu Dhabi”.

Inteligente, eficiente

Desde 1 de fevereiro, conforme uma lei aprovada pelo Congresso, as futuras solicitudes de pré-aprovação devem vir de países onde as companhias aéreas americanas já oferecem voos, disse Kevin McAleenan, diretor da Agência de Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA. Mesmo com essa diretiva, é provável que ainda haja um desequilíbrio onde os acordos envolvam um centro de importância no exterior.

“Acreditamos que seja inteligente e eficiente”, disse ele. “Vamos ter menos pessoas nas filas, filas mais curtas e mais funcionários para processá-las”. A extensão do sistema a Dubai terá o mesmo impacto, “mas em uma escala maior”, disse ele.

Os serviços fornecidos pela American Airlines, pela US Airways, pela Delta e pela United também contam com pré-aprovação na Irlanda, bem como os voos da British Airways até Nova York do aeroporto London City, cuja pista é muito curta para os aviões NV A318 do Airbus Group usados para decolar com suficiente querosene, o que obriga a fazer uma parada de reabastecimento por lá.

“Você aterrissa e é um passageiro doméstico, então é muito fácil”, disse James Straker, cidadão britânico que viajou ao aeroporto John F. Kennedy de Nova York via Dublin. “Com mais medidas de segurança, está se tomando mais tempo”.

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