Campanha de vacinação contra covid-19 (Stephane Mahe/Reuters)
Reuters
Publicado em 13 de julho de 2021 às 21h25.
Última atualização em 14 de julho de 2021 às 11h03.
Centenas de milhares de pessoas na França correram para tentar agendar suas vacinações após o presidente do país alertar que os não vacinados poderiam enfrentar restrições adotadas com o objetivo de conter a rápida propagação da variante Delta.
Ao anunciar medidas para combater o aumento de infecções, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou na noite de segunda-feira que a vacinação não será obrigatória para o público por ora, mas ressaltou que restrições seriam focadas nas pessoas que não se vacinaram.
Macron disse que profissionais de saúde têm que se vacinar até o dia 15 de setembro ou enfrentarão consequências não especificadas, uma declaração que enfureceu alguns funcionários do setor.
O presidente também afirmou que um passe de saúde exigido para participar de eventos de grande escala agora seria usado muito mais amplamente, incluindo para entrar em restaurantes, cinemas e teatros.
Stanislas Niox-Chateau, diretor do Doctolib, um dos maiores websites utilizados para o agendamento de vacinações, disse à rádio RMC que o número de pessoas buscando horários para vacinar bateu recordes após o anúncio do presidente.
Em quase 24 horas, cerca de 1,7 milhão de horários foram agendados pelo Doctolib, segundo o website, e o número de vacinações diárias atingiu uma nova máxima na terça-feira.
"Hoje são 792.339 pessoas recebendo a primeira dose, um novo recorde. Esse impulso precisa se amplificar e continuar nas próximas semanas", disse o primeiro-ministro Jean Castex no Twitter.
A França vacinou quase 53% de sua população com pelo menos uma dose e 37% estão totalmente vacinados.