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França tem grande paralisação em decisivo protesto contra reforma

Sindicatos franceses organizam uma paralisação contra a reforma da Previdência que já dura 36 dias

França: durante a paralisação, sindicatos cortaram o fornecimento de energia e interromperam os serviços ferroviários (Charles Platiau/Reuters)

França: durante a paralisação, sindicatos cortaram o fornecimento de energia e interromperam os serviços ferroviários (Charles Platiau/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 17h29.

Paris — Sindicatos franceses interromperam os serviços ferroviários, cortaram o fornecimento de energia e reuniram uma multidão de manifestantes nas ruas de cidades da França, nesta quinta-feira, em um esforço decisivo para pressionar o presidente Emmanuel Macron a abandonar uma proposta de reforma previdenciária.

Os sindicatos reuniram apoiadores na esperança de recuperar o ímpeto das manifestações, em um momento de queda na participação em uma greve do setor público que já dura 36 dias, e com as pesquisas de opinião mostrando queda no apoio público à ação.

A polícia disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes em Nantes, no oeste da França, e em Paris, onde manifestantes arremessaram objetos contra agentes de segurança e acenderam sinalizadores de fumaça.

"Nada está perdido. A bola está no campo do governo. Ou eles escutam ou governam contra a vontade do povo", disse o líder da central sindical CGT, Philippe Martinez. "Estou cético em relação à vontade do governo de conversar".

Macron, um ex-banqueiro de investimentos, quer otimizar o pesado sistema de pensões da França e incentivar os franceses a permanecerem no trabalho por mais tempo para pagar por alguns dos benefícios de aposentadoria mais generosos do mundo.

A reforma proposta seria a maior revisão do sistema desde a Segunda Guerra Mundial e é central no esforço do presidente de tornar a força de trabalho francesa mais flexível e competitiva globalmente.

Macron argumenta que os inúmeros benefícios especiais concedidos a diferentes tipos de trabalhadores impedem a mobilidade no mercado de trabalho, especialmente no setor público.

Se conseguir derrotar os sindicatos — ele já os encarou com a reforma do sistema ferroviário estatal SNCF e com a flexibilização das leis trabalhistas —, Macron fortalecerá sua posição para aprofundar reformas ao encarar a reeleição em 2022.

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