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França está disposta a enviar armas para rebeldes sírios

Junto com a França, o Reino Unido defende uma suspensão do embargo sobre a entrega de armas, como afirmou o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius

Rebelde aponta arma contra tropas do regime sírio na cidade de Aleppo, na Síria (AFP / Jm Lopez)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 07h17.

Bruxelas - A França está disposta a "assumir suas responsabilidades" e entregar armas aos rebeldes sírios caso não convença seus parceiros europeus neste sentido, afirmou nesta quinta-feira o presidente François Hollande.

"Temos o objetivo de convencer nossos parceiros no final do mês de maio e, se possível, antes. Empregaremos nosso sentido de diplomacia. Se houver o bloqueio de um ou dois países, então a França assumirá suas responsabilidades", declarou Hollande em uma conferência de imprensa em Bruxelas após a cúpula de chefes de Estado e de Governo.

No final de fevereiro, os 27 membros da UE decidiram prorrogar por três meses as sanções contra a Síria, que incluem um embargo sobre o envio de armas.

No entanto, suspenderam as restrições para o envio de material não letal e assistência técnica para "ajudar a oposição e proteger os civis".

Junto com a França, o Reino Unido defende uma suspensão do embargo sobre a entrega de armas, como afirmou na manhã desta quinta-feira o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius.

"De momento, apesar de todas as pressões, as soluções políticas fracassaram" na Síria, apontou Hollande, às vésperas do segundo aniversário do início da rebelião contra o governo do presidente Bashar al Assad.


"Temos que ir mais longe porque há ameaças, temores sobre o uso de armas químicas", afirmou.

Respondendo à relutância de alguns países, Hollande assegurou que Paris tem "todas as garantias de que o material poderá estar em mãos que não são as do fundamentalismo".

A chanceler alemã, Angela Merkel, ressaltou a "prudência" com que seu país tem encaminhado esta questão. "Devemos ter cuidado" para que o regime "não receba mais armas por parte dos países" que o apoiam, disse em uma coletiva de imprensa.

"Se há parceiros na União Europeia, neste caso a Grã-Bretanha e a França, que têm uma nova avaliação da situação, os ministros de Relações Exteriores estão dispostos a falar de novo sobre a questão", explicou a chanceler.

Hollande afirmou que, na cúpula desta quinta-feira, a Síria não foi um tema discutido.

Nesta mesma linha, Michael Mann, porta-voz de Catherine Ashton, chefe da diplomacia do bloco, disse antes que a UE está disposta a falar da questão do embargo antes do final de maio.

"Se um Estado quer abrir uma discussão rapidamente, é possível. Cada qual pode pedir que se inclua qualquer tema na agenda de uma reunião", declarou o porta-voz à AFP.

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Bruxelas - A França está disposta a "assumir suas responsabilidades" e entregar armas aos rebeldes sírios caso não convença seus parceiros europeus neste sentido, afirmou nesta quinta-feira o presidente François Hollande.

"Temos o objetivo de convencer nossos parceiros no final do mês de maio e, se possível, antes. Empregaremos nosso sentido de diplomacia. Se houver o bloqueio de um ou dois países, então a França assumirá suas responsabilidades", declarou Hollande em uma conferência de imprensa em Bruxelas após a cúpula de chefes de Estado e de Governo.

No final de fevereiro, os 27 membros da UE decidiram prorrogar por três meses as sanções contra a Síria, que incluem um embargo sobre o envio de armas.

No entanto, suspenderam as restrições para o envio de material não letal e assistência técnica para "ajudar a oposição e proteger os civis".

Junto com a França, o Reino Unido defende uma suspensão do embargo sobre a entrega de armas, como afirmou na manhã desta quinta-feira o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius.

"De momento, apesar de todas as pressões, as soluções políticas fracassaram" na Síria, apontou Hollande, às vésperas do segundo aniversário do início da rebelião contra o governo do presidente Bashar al Assad.


"Temos que ir mais longe porque há ameaças, temores sobre o uso de armas químicas", afirmou.

Respondendo à relutância de alguns países, Hollande assegurou que Paris tem "todas as garantias de que o material poderá estar em mãos que não são as do fundamentalismo".

A chanceler alemã, Angela Merkel, ressaltou a "prudência" com que seu país tem encaminhado esta questão. "Devemos ter cuidado" para que o regime "não receba mais armas por parte dos países" que o apoiam, disse em uma coletiva de imprensa.

"Se há parceiros na União Europeia, neste caso a Grã-Bretanha e a França, que têm uma nova avaliação da situação, os ministros de Relações Exteriores estão dispostos a falar de novo sobre a questão", explicou a chanceler.

Hollande afirmou que, na cúpula desta quinta-feira, a Síria não foi um tema discutido.

Nesta mesma linha, Michael Mann, porta-voz de Catherine Ashton, chefe da diplomacia do bloco, disse antes que a UE está disposta a falar da questão do embargo antes do final de maio.

"Se um Estado quer abrir uma discussão rapidamente, é possível. Cada qual pode pedir que se inclua qualquer tema na agenda de uma reunião", declarou o porta-voz à AFP.

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