Mundo

França diz que destruição das forças de Kadafi não levará meses

Ministro de relações exteriores acredita que o conflito levará apenas dias ou semanas, mas deve terminar rapidamente

França utilizou caças Rafale na ofensiva contra a Líbia (Boris Horvat/AFP)

França utilizou caças Rafale na ofensiva contra a Líbia (Boris Horvat/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h32.

Paris - A coalizão das potências ocidentais pode levar dias ou semanas para destruir as Forças Armadas de Muammar Kadafi, mas não meses, disse nesta quinta-feira o ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppe.

Aviões de guerra da coalizão atacaram a Líbia pela quinta noite seguida nesta quinta-feira, mas ainda não conseguiram impedir que os tanques de Kadafi sigam bombardeando cidades controladas pelos rebeldes ou desalojar suas forças de um ponto estratégico no leste do país.

"A destruição da capacidade militar de Kadafi é uma questão de dias ou semanas, certamente não de meses", disse Juppe a jornalistas.

Ele também defendeu o ritmo da operação, acrescentando: "Você não pode esperar que consigamos atingir nosso objetivo em apenas cinco dias."

A França liderou a intervenção sancionada pela ONU visando interromper a contraofensiva de Kadafi contra as forças rebeldes, que querem o fim de seu regime autoritário de 41 anos.

Agora, Paris está pressionando, junto com a Grã-Bretanha, pela criação de um grupo de contato para discutir a governança política e a estratégia na missão, enquanto a Otan realiza a coordenação militar do dia-a-dia. O grupo seria composto dos principais países envolvidos na operação e outros, como as nações árabes que a apoiam.

Juppe disse que os líderes árabes precisam compreender que a onda de protestos na região mudaria as coisas para sempre e que os países, incluindo a Arábia Saudita, têm de considerar as aspirações do povo árabe.

"O processo que está ocorrendo no mundo árabe é irreversível. As aspirações do povo devem ser consideradas em todos os lugares, incluindo na Arábia Saudita", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEuropaFrançaGuerrasLíbiaMuammar KadafiPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia