Fortes chuvas no Saara deixam 25 mil sem casa e comida
Desde quarta-feira caem fortes chuvas nos campos de refugiados do Tinduf e a maioria ficou totalmente ou parcialmente inundada
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 08h21.
Genebra - As fortes chuvas que atingiram nas últimas horas os campos de refugiados do Saara Ocidental afetaram mais de 90 mil pessoas, sendo que 25 mil perderam suas casas e ficaram sem alimentos, segundo denunciou nesta sexta-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
"Tudo ficou destruído, não só as casas, mas os lugares de trabalho, as lojas, as creches, as escolas, os hospitais, as pessoas que estão no meio do nada em um dos lugares mais inóspitos do mundo", indicou em entrevista coletiva Amin Awad, direto do Oriente Médio e Norte da África da Acnur.
Desde quarta-feira caem fortes chuvas nos campos de refugiados do Tinduf, no sudoeste da Argélia -Auserd, Dajla, El Aiun, Cabo Bojador e Esmara- e a maioria ficou totalmente ou parcialmente inundada.
Apesar de serem registradas poucas precipitações no Saara, quando cai uma chuva, essa pode ser devastadora, dado que os edifícios estão construídos com tijolos de barro, lembra a Acnur.
"O número de pessoas necessitadas de assistência poderia inclusive crescer dado que está previsto que as fortes chuvas continuem até domingo", acrescentou Melissa Fleming, porta-voz da entidade.
Por enquanto, as vítimas não se lamentaram, mas a situação pode mudar rapidamente dado que a maioria dos refugiados ficou sem reservas de alimentos, acrescentou a porta-voz.
A Acnur enviará nos próximos dias 1,5 mil tendas, e com a colaboração do Unicef e do Programa Mundial de Alimentos (PAM) distribui água e comida aos deslocados.
"Agora o mais importante é reconstruir as latrinas e estabelecer um sistema de distribuição de água potável para evitar doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada", indicou por sua vez Awad.
O responsável solicitou ajuda internacional de emergência à comunidade internacional para os afetados, e lembrou que a situação é desesperadora porque, de fato, nos últimos três anos só se obteve 20% do solicitado pelo Acnur para assistir os campos do Tinduf.
"Nos últimos anos, os casos de desnutrição e de problemas de saúde aumentaram", disse Awad.
"É preciso lembrar que a crise dos refugiados saaráuis é a mais longa e prolongada da História. É preciso mostrar apoio", insistiu Awad.
Os refugiados saaráuis começaram a chegar à Argélia em 1975 após o abandono do território do Saara Ocidental por parte da Espanha e a posterior ocupação por parte do Marrocos.
Genebra - As fortes chuvas que atingiram nas últimas horas os campos de refugiados do Saara Ocidental afetaram mais de 90 mil pessoas, sendo que 25 mil perderam suas casas e ficaram sem alimentos, segundo denunciou nesta sexta-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
"Tudo ficou destruído, não só as casas, mas os lugares de trabalho, as lojas, as creches, as escolas, os hospitais, as pessoas que estão no meio do nada em um dos lugares mais inóspitos do mundo", indicou em entrevista coletiva Amin Awad, direto do Oriente Médio e Norte da África da Acnur.
Desde quarta-feira caem fortes chuvas nos campos de refugiados do Tinduf, no sudoeste da Argélia -Auserd, Dajla, El Aiun, Cabo Bojador e Esmara- e a maioria ficou totalmente ou parcialmente inundada.
Apesar de serem registradas poucas precipitações no Saara, quando cai uma chuva, essa pode ser devastadora, dado que os edifícios estão construídos com tijolos de barro, lembra a Acnur.
"O número de pessoas necessitadas de assistência poderia inclusive crescer dado que está previsto que as fortes chuvas continuem até domingo", acrescentou Melissa Fleming, porta-voz da entidade.
Por enquanto, as vítimas não se lamentaram, mas a situação pode mudar rapidamente dado que a maioria dos refugiados ficou sem reservas de alimentos, acrescentou a porta-voz.
A Acnur enviará nos próximos dias 1,5 mil tendas, e com a colaboração do Unicef e do Programa Mundial de Alimentos (PAM) distribui água e comida aos deslocados.
"Agora o mais importante é reconstruir as latrinas e estabelecer um sistema de distribuição de água potável para evitar doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada", indicou por sua vez Awad.
O responsável solicitou ajuda internacional de emergência à comunidade internacional para os afetados, e lembrou que a situação é desesperadora porque, de fato, nos últimos três anos só se obteve 20% do solicitado pelo Acnur para assistir os campos do Tinduf.
"Nos últimos anos, os casos de desnutrição e de problemas de saúde aumentaram", disse Awad.
"É preciso lembrar que a crise dos refugiados saaráuis é a mais longa e prolongada da História. É preciso mostrar apoio", insistiu Awad.
Os refugiados saaráuis começaram a chegar à Argélia em 1975 após o abandono do território do Saara Ocidental por parte da Espanha e a posterior ocupação por parte do Marrocos.