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Forte tempestade Ida causa sete mortes e inundações em Nova York

Com as sete mortes registradas em Nova York, confirmadas à AFP por fontes policiais, sobe para pelo menos 15 o total de vítimas fatais desde que Ida tocou o solo, no domingo, na Louisiana

Ida: as fortes chuvas e os ventos também afetaram o condado de Westchester, ao norte de Nova York, e muitos porões de casas foram inundados em questão de minutos (AFP/AFP)

Ida: as fortes chuvas e os ventos também afetaram o condado de Westchester, ao norte de Nova York, e muitos porões de casas foram inundados em questão de minutos (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 09h37.

Ao menos sete pessoas morreram em Nova York nas inundações súbitas de quarta-feira à noite, após as chuvas torrenciais provocadas pela tempestade Ida, que gerou cenas de caos na região nordeste dos Estados Unidos.

Com as sete mortes registradas em Nova York, confirmadas à AFP por fontes policiais, sobe para pelo menos 15 o total de vítimas fatais desde que Ida tocou o solo, no domingo, na Louisiana (sul).

As ruas se transformaram em rios em algumas partes da capital comercial e cultural dos Estados Unidos.
As estações de metrô também ficaram inundadas e o serviço foi interrompido, segundo a Autoridade Metropolitana de Transporte, que administra o sistema de transporte público de Nova York.

O Serviço Meteorológico dos Estados Unidos (NWS) registrou um recorde histórico de 80 mm de chuva em uma hora no Central Park.

Durante a noite, a nova governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, declarou "estado de emergência" após as "importantes" inundações em todos os condados limítrofes com a cidade de Nova York, que poderiam afetar quase 20 milhões de pessoas.

Bill de Blasio, o prefeito da cidade de Nova York, citou um "acontecimento meteorológico histórico" e também declarou "estado de emergência".

Centenas de voos foram cancelados nos aeroporto da região de NY, Newark, LaGuardia e JFK. Um vídeo mostra um terminal de Newark inundado.

O NWS afirmou que este é o primeiro estado de emergência por inundações repentinas que se declara na história da megalópoles, afetada em outubro de 2012 pelo furacão Sandy.

A chuva começou a cair às 21H30 locais. Ruas do Brooklyn e Queens ficaram inundadas, o que impossibilitou o tráfego. "Não dirija pelas ruas inundadas. Não sabemos a profundidade e é muito perigoso. Retorne", pediu o serviço meteorológico.

As fortes chuvas e os ventos também afetaram o condado de Westchester, ao norte de Nova York, e muitos porões de casas foram inundados em questão de minutos.

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, também declarou estado de emergência devido às chuvas torrenciais que deixaram um morto no estado.

Além de Nova York e sua região, um alerta de tornado foi emitido para a Filadélfia. "Procurem refúgio AGORA. Destroços que voam serão perigosos para aqueles surpreendidos sem abrigo. Procure um andar inferior e permaneçam longe das janelas", escreveu no Twitter o comitê de informações sobre emergências da cidade de Nova York.

Cena surreal

A tempestade provocou uma cena surreal em Flushing Meadows, onde a chuva atingiu uma quadra coberta e interrompeu uma partida da segunda rodada do Aberto de Tênis dos Estados Unidos entre o sul-africano Kevin Anderson e o argentino Diego Schwartzman.

A água entrou pelos quatro cantos do teto retrátil, instalado em 2018 especificamente para permitir que os jogos fossem disputados apesar da chuva.

Ida deve prosseguir o deslocamento nesta quinta-feira para o norte, na direção da Nova Inglaterra.
"O ciclone pós-tropical Ida provoca fortes chuvas e inundações repentinas potencialmente mortais ao longo e perto de sua trajetória", afirmou o Centro Nacional de Furacões.

O presidente Joe Biden viajará na sexta-feira para a Lousiana, onde o furacão Ida tocou o solo no domingo, destruiu vários edifício e deixou mais de um milhão de residências sem energia elétrica.

Os furacões são um fenômeno recorrente no sul dos Estados Unidos, mas o aquecimento da superfície do oceano está deixando as tempestades mais potentes, alertam os cientistas.

Os fenômenos representam um risco cada vez maior sobretudo para as comunidades costeiras afetadas pelo aumento do nível do mar.

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