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Forças xiitas avançam para cidade iraquiana tomada pelo EI

Coalizão liderada pelos EUA intensificou os bombardeios aéreos contra os islamistas, tendo desfechado 19 ataques perto de Ramadi ao longo das últimas 72 horas


	Fumaça é vista durante confrontos entre as forças armadas iraquianas e o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), em Ramadi
 (Azhar Shallal/AFP)

Fumaça é vista durante confrontos entre as forças armadas iraquianas e o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), em Ramadi (Azhar Shallal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 10h03.

Bagdá - Uma coluna de combatentes de uma milícia xiita chegou a uma base militar perto de Ramadi nesta segunda-feira, como parte da operação do governo iraquiano para retomar o controle da cidade no oeste do país que foi conquistada por militantes do Estado Islâmico, no maior revés para as autoridades em Bagdá desde meados do ano passado.

A coalizão liderada pelos Estados Unidos intensificou os bombardeios aéreos contra os islamistas, tendo desfechado 19 ataques perto de Ramadi ao longo das últimas 72 horas, a pedido das forças de segurança iraquianas, disse um porta-voz da coalizão.

A milícia muçulmana xiita conhecida como Hashid Shaabi, ou Mobilização Popular, recebeu ordens para se mobilizar depois que a cidade, capital da província de Anbar, foi invadida no domingo.

Os milicianos propiciam ao governo muito mais capacidade de lançar um contra-ataque, mas a sua chegada a Ramadi poderia ampliar a animosidade sectária em uma das áreas mais violentas do Iraque.

A população de Ramadi é muçulmana sunita.

"As forças Hashid Shaabi alcançaram a base Habbaniya e estão agora em modo de espera", disse o chefe do conselho provincial de Anbar, Sabah Karhout. Uma testemunha descreveu uma longa fila de veículos blindados e caminhões com metralhadoras e foguetes, com as bandeiras amarelas do Kataib Hezbollah, uma das facções da milícia, indo em direção à base.

Porta-vozes de grupos de milícias disseram que ações de reconhecimento e planejamento estavam em andamento para a "batalha de Anbar", a grande província do vale do rio Eufrates onde os militares dos EUA travaram os maiores confrontos durante o período de 11 anos em que ocuparam o Iraque.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, aprovou o envio de milícias xiitas para tentar retomar o controle da área, uma medida à qual ele vinha resistindo, por medo de provocar uma reação sectária.

Segundo um porta-voz do governador provincial, cerca de 500 pessoas foram mortas nos combates em Ramadi nos últimos dias e entre 6.000 e 8.000 fugiram da cidade.

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