Forças iraquianas enfrentam resistência do EI em Fallujah
Apoiadas pelas coalizão internacional liderada pelos EUA, as forças do governo entraram em Fallujah na segunda-feira
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2016 às 11h37.
As forças iraquianas enfrentavam nesta terça-feira uma forte resistência do grupo Estado Islâmico (EI) em seu avanço em direção ao centro da cidade de Fallujah, onde o destino de dezenas de milhares de civis tem causado sérias preocupações.
Apoiadas pelas coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e conduzidas pela unidade antiterrorismo de elite do Iraque, as forças do governo entraram em Fallujah na segunda-feira, no oitavo dia de sua ofensiva para expulsar o EI desta cidade estratégica localizada 50 km a oeste de Bagdá.
Mas de acordo com especialistas, a batalha será longa e difícil, uma vez que o grupo extremista está bem implantado em Fallujah, na província de Al-Anbar, desde a conquista, em janeiro de 2014, desta cidade, um dos dois principais redutos dos extremistas no Iraque junto com Mossul (norte).
Depois de entrar Fallujah em três frentes, as Forças Armadas registraram o seu progresso mais significativo na parte sul, quando chegaram aos arredores de Naimiyah.
Nesta localidades, há "cerca de 100 jihadistas fortemente armados" que lançaram contra-ataque, mas as forças iraquianas foram capazes de repelí-los, matando 75 extremistas, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, comandante da operação militar.
Ele não forneceu registro de baixas no lado do governo.
Segundo oficiais, o apoio aéreo da coalizão internacional e da aviação iraquiana é crucial para o sucesso em Naimiyah e as formas armadas continuam progredindo.
"Catástrofe humanitária"
O poder iraquiano, com a ajuda de conselheiros militares americanos, prepara há meses a batalha de Fallujah, tomada pelos extremistas cinco meses antes da grande ofensiva que lhes permitiu assumir, em junho de 2014, o controle de outras regiões do país, inclusive Mossul.
Um morador local, contactado pela AFP por telefone, declarou que os habitantes desejam que as forças iraquianas retomem a cidade, mas temem a reação do EI em caso de derrota.
"O modo como eles (os extremistas) tratam os habitantes é terrível. Os jihadistas estão com raiva porque as pessoas não os apoiam, eles insultam as pessoas na rua e gritam 'vocês são traidores, não estão com a gente!", relatou o morador, que se apresentou como Abou Mohammed al-Doulaimi.
O Conselho Europeu para os Refugiados (NRC) alertou nesta terça-feira para o risco de "catástrofe humanitária" em Fallujah.
Em um comunicado, o secretário-geral da ONG Jan Egelan reiterou a necessidade de estabelecer corredores de retirada seguros para os quase de 50.000 civis presos pela violência na cidade.
"Os beligerantes devem garantir aos civis uma saída segura desde já, antes que seja muito tarde e que mais vidas sejam perdidas", afirmou.
"Uma catástrofe humanitária se aproxima em Fallujah, onde as famílias estão presas entre os beligerantes sem possibilidades de sair de forma segura".
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que cita números fornecidos pelas autoridades iraquianas, "cerca de 3.700 pessoas (624 famílias)" fugiram de Fallujah desde o início da ofensiva militar das forças iraquianas em 23 de maio.
O ACNUR também afirmou em um comunicado que recebeu informação sobre centenas de civis vítimas de bombardeios no centro de Fallujah e que o EI utiliza as centenas de famílias presas como escudo humano para defender a cidade.
Avanço na Síria
O EI também está sob pressão militar por outra ofensiva das forças curdas iraquianas que avançam a leste da cidade de Mossul, a capital de fato dos jihadistas no Iraque.
Do outro lado da fronteira, na Síria, os combates são travados entre as Forças Democráticas da Síria (FDS) e os jihadistas no norte da província de Raqa, pelo oitavo dia de ofensiva lançada pela aliança árabe-curda e apoiada pela coalizão internacional, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A província de Raqa, cuja capital de mesmo nome é o principal reduto dos jihadistas da Síria, está em grande parte nas mãos do EI.
As FDS conseguiram recuperar o controle de mais de "12 aldeias e um campo nas últimas 36 horas" no norte da província, segundo o OSDH.
Em resposta, o EI lançou um ataque no domingo contra rebeldes na província vizinha de Aleppo, ameaçando dezenas de milhares de civis e deslocados.
A guerra na Síria, na qual estão envolvidos muitos atores locais, regionais e internacionais, já matou mais de 280.000 pessoas desde 2011 e levou à fuga de milhões de pessoas.
O EI aproveitou este conflito e a instabilidade no Iraque para estabelecer sua presença.
As forças iraquianas enfrentavam nesta terça-feira uma forte resistência do grupo Estado Islâmico (EI) em seu avanço em direção ao centro da cidade de Fallujah, onde o destino de dezenas de milhares de civis tem causado sérias preocupações.
Apoiadas pelas coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e conduzidas pela unidade antiterrorismo de elite do Iraque, as forças do governo entraram em Fallujah na segunda-feira, no oitavo dia de sua ofensiva para expulsar o EI desta cidade estratégica localizada 50 km a oeste de Bagdá.
Mas de acordo com especialistas, a batalha será longa e difícil, uma vez que o grupo extremista está bem implantado em Fallujah, na província de Al-Anbar, desde a conquista, em janeiro de 2014, desta cidade, um dos dois principais redutos dos extremistas no Iraque junto com Mossul (norte).
Depois de entrar Fallujah em três frentes, as Forças Armadas registraram o seu progresso mais significativo na parte sul, quando chegaram aos arredores de Naimiyah.
Nesta localidades, há "cerca de 100 jihadistas fortemente armados" que lançaram contra-ataque, mas as forças iraquianas foram capazes de repelí-los, matando 75 extremistas, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, comandante da operação militar.
Ele não forneceu registro de baixas no lado do governo.
Segundo oficiais, o apoio aéreo da coalizão internacional e da aviação iraquiana é crucial para o sucesso em Naimiyah e as formas armadas continuam progredindo.
"Catástrofe humanitária"
O poder iraquiano, com a ajuda de conselheiros militares americanos, prepara há meses a batalha de Fallujah, tomada pelos extremistas cinco meses antes da grande ofensiva que lhes permitiu assumir, em junho de 2014, o controle de outras regiões do país, inclusive Mossul.
Um morador local, contactado pela AFP por telefone, declarou que os habitantes desejam que as forças iraquianas retomem a cidade, mas temem a reação do EI em caso de derrota.
"O modo como eles (os extremistas) tratam os habitantes é terrível. Os jihadistas estão com raiva porque as pessoas não os apoiam, eles insultam as pessoas na rua e gritam 'vocês são traidores, não estão com a gente!", relatou o morador, que se apresentou como Abou Mohammed al-Doulaimi.
O Conselho Europeu para os Refugiados (NRC) alertou nesta terça-feira para o risco de "catástrofe humanitária" em Fallujah.
Em um comunicado, o secretário-geral da ONG Jan Egelan reiterou a necessidade de estabelecer corredores de retirada seguros para os quase de 50.000 civis presos pela violência na cidade.
"Os beligerantes devem garantir aos civis uma saída segura desde já, antes que seja muito tarde e que mais vidas sejam perdidas", afirmou.
"Uma catástrofe humanitária se aproxima em Fallujah, onde as famílias estão presas entre os beligerantes sem possibilidades de sair de forma segura".
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que cita números fornecidos pelas autoridades iraquianas, "cerca de 3.700 pessoas (624 famílias)" fugiram de Fallujah desde o início da ofensiva militar das forças iraquianas em 23 de maio.
O ACNUR também afirmou em um comunicado que recebeu informação sobre centenas de civis vítimas de bombardeios no centro de Fallujah e que o EI utiliza as centenas de famílias presas como escudo humano para defender a cidade.
Avanço na Síria
O EI também está sob pressão militar por outra ofensiva das forças curdas iraquianas que avançam a leste da cidade de Mossul, a capital de fato dos jihadistas no Iraque.
Do outro lado da fronteira, na Síria, os combates são travados entre as Forças Democráticas da Síria (FDS) e os jihadistas no norte da província de Raqa, pelo oitavo dia de ofensiva lançada pela aliança árabe-curda e apoiada pela coalizão internacional, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A província de Raqa, cuja capital de mesmo nome é o principal reduto dos jihadistas da Síria, está em grande parte nas mãos do EI.
As FDS conseguiram recuperar o controle de mais de "12 aldeias e um campo nas últimas 36 horas" no norte da província, segundo o OSDH.
Em resposta, o EI lançou um ataque no domingo contra rebeldes na província vizinha de Aleppo, ameaçando dezenas de milhares de civis e deslocados.
A guerra na Síria, na qual estão envolvidos muitos atores locais, regionais e internacionais, já matou mais de 280.000 pessoas desde 2011 e levou à fuga de milhões de pessoas.
O EI aproveitou este conflito e a instabilidade no Iraque para estabelecer sua presença.