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Forças egípcias caçam militantes após retomada de subúrbio

Forças do governo já controlam a localidade de Kerasa, a 14 quilômetros do centro do Cairo, mas que a área ainda não foi "estabilizada"

Forças de segurança egípcias: operação policial-militar começou na quinta-feira, e até agora 85 pessoas foram presas e dezenas de armas foram apreendidas (Reuters)

Forças de segurança egípcias: operação policial-militar começou na quinta-feira, e até agora 85 pessoas foram presas e dezenas de armas foram apreendidas (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 10h28.

Cairo - As forças de segurança egípcias caçaram nesta sexta-feira partidários do presidente deposto Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, depois de retomarem o controle de um subúrbio do Cairo que era reduto da oposição islâmica.

A imprensa estatal disse que as forças do governo já controlam a localidade de Kerasa, a 14 quilômetros do centro do Cairo, mas que a área ainda não foi "estabilizada".

A operação policial-militar começou na quinta-feira, e até agora 85 pessoas foram presas e dezenas de armas foram apreendidas, inclusive granadas de propulsão, segundo a TV estatal. As forças de segurança continuam percorrendo a área.

As forças do governo reprimem duramente a Irmandade Muçulmana desde a intervenção militar que depôs Mursi, em julho, após intensos protestos populares contra o primeiro presidente eleito livremente na história egípcia.

Em reação a isso, militantes islâmicos intensificaram seus ataques contra as forças de segurança, especialmente na península do Sinai, perto da fronteira com Israel.

Um general da polícia foi morto durante a operação em Kerasa, e pelo menos nove policiais e soldados ficaram feridos por uma granada de mão em confrontos com militantes na quinta-feira.

As forças governamentais estavam ausentes da área desde 14 de agosto, quando um atentado a uma delegacia matou 11 policiais. Um agente que participa da operação disse que há cerca de 150 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento em ataques à delegacia e a uma igreja em Kerdasa.


As autoridades instaladas pelos militares dizem travar uma "guerra ao terrorismo" e já prenderam vários dirigentes da Irmandade Muçulmana, na tentativa de enfraquecer um dos mais influentes movimentos islâmicos do Oriente Médio. A mídia local participa da campanha do governo qualificando repetidamente os ativistas islâmicos como sanguinários inimigos do Estado.

O Exército vem realizando também operações no Sinai contra grupos inspirados na Al Qaeda que possuem foguetes e granadas. Uma bomba explodiu na estrada que dá acesso a Rafah, na fronteira com Gaza, quando três ônibus com soldados passavam pelo local, segundo autoridades de segurança. Fontes militares disseram que não houve feridos.

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