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Forças antijihadistas avançam contra o EI em Raqqa, na Síria

Uma ofensiva para retomar a cidade do norte do país é conduzida pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) há oito meses

Síria: as forças recebem o apoio dos ataques aéreos da coalizão internacional (Goran Tomasevic/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de julho de 2017 às 13h16.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 13h17.

Os combatentes sírios apoiados pelos Estados Unidos recuperaram do grupo extremista Estado Islâmico (EI) um novo bairro em sua fortaleza de Raqqa, na Síria , informou nesta segunda-feira (17) um porta-voz.

As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança de combatentes curdos e árabes, conduzem há oito meses uma ofensiva para retomar a cidade do norte do país em guerra.

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"O bairro Yarmuk foi libertado no domingo", declarou à AFP Jihane Cheikh Ahmed, um porta-voz das FDS, falando na cidade de Ain Issa, cerca de 50 quilômetros ao norte de Raqqa.

"A operação para conquistar Raqqa continua com confrontos violentos", acrescentou.

"Estamos avançando com cautela. O que nos importa não é a velocidade, mas libertar os civis e eliminar o Daesh", assegurou, utilizando um acrônimo em árabe do EI.

Uma jornalista da AFP presente em Jazra, periferia oeste de Raqqa, viu nesta segunda-feira as forças da coalizão liderada por Washington e combatentes das FDS atacar em conjunto as posições do IE em Raqqa.

A progressão das FDS nesta cidade é retardada pelas minas deixadas pelos extremistas islâmicos, que também ameaçam os civis que tentam fugir da cidade.

"Houve muitas baixas entre os combatentes e civis por causa dessas minas", indicou à AFP um comandante das FDS sob condição de anonimato.

"Ontem nós enterrados seis civis mortos na explosão de uma mina quando tentavam escapar", acrescentou.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), as FDS avançaram em Yarmuk, bairro do sudoeste da cidade, mas ainda não o controlam completamente.

As FDS controlam a parte oeste do distrito, mas violentos combates prosseguem na região, segundo indicou o OSDH.

Além disso, centenas de civis fugiram das áreas da cidade controladas pelo EI em direção aquelas tomadas pelas FDS nas últimas 48 horas, acrescentou a ONG, dizendo que a aliança entre árabes e curdos recuperou 35% da cidade das mãos dos extremistas.

Por sua vez, as FDS anunciaram nas redes sociais que "conseguiram libertar cerca de 500 civis que estavam presos nos bairros de Al-Diriyah e Al-Tayar, bem como 150 outros da Cidade Velha.

De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, um fluxo constante de civis foge dos bairros ainda controlados pelos jihadistas.

Demorou sete meses para as FDS chegarem às portas da cidade e cercá-la, antes de entrar em 6 de junho.

O EI ainda ocupa outras áreas da província de Raqqa, cuja capital é a cidade de mesmo nome.

As FDS recebem o apoio dos ataques aéreos da coalizão internacional, que mataram pelo menos três civis nesta segunda-feira, de acordo com OSDH.

O conflito sírio já fez mais de 330.000 mortos e milhões de deslocados desde março de 2011.

Desencadeado pela repressão de protestos pró-democracia, o conflito tornou-se mais complexo com o envolvimento de vários atores regionais e internacionais, bem como grupos jihadistas em um território fragmentado.

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