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FMI pede que Europa esclareça papel privado em resgate grego

Para o fundo, declarações contraditórias do bloco trouxeram incertezas quanto à resolução da crise

Grécia: FMI quer maiores esclarecimentos sobre como será o auxílio (Milos Bicanski/Getty Images)

Grécia: FMI quer maiores esclarecimentos sobre como será o auxílio (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 15h45.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) solicitou à Europa nesta terça-feira que dissipe urgentemente a "grande incerteza" que paira sobre o papel dos credores privados no resgate à Grécia.

"O debate sobre o alcance da participação do setor privado segue aberto e essa é uma grande incerteza que deve ser resolvida", afirmou em teleconferência Luc Everaert, responsável do FMI pelas políticas para a zona do euro.

Everaert, que falou sobre as conclusões do relatório anual sobre a zona do euro divulgado nesta terça-feira pelo Fundo, destacou que existem diferentes formas de abordar o problema, mas insistiu que o mais importante é acabar com a dúvida.

O relatório foi divulgado às vésperas da cúpula extraordinária de líderes da zona do euro na quinta-feira, quando será avaliada uma solução definitiva para a crise grega que evite o risco de contágio a países como Espanha e Itália.

No entanto, a chanceler alemã, Angela Merkel, descartou que a reunião termine com um resultado "espetacular" que ponha fim a todos os problemas da economia da Grécia.

No meio dessas declarações, o FMI advertiu que "um recrudescimento da crise da dívida na zona do euro, principalmente se as tensões se estenderem aos países centrais, poderia ter grandes repercussões globais".

O alto funcionário do FMI ressaltou que as "declarações contraditórias" sobre como enfrentar o problema da dívida soberana na Grécia contribuíram muito para a incerteza.

Os ministros de Finanças da zona do euro insistiram este mês na necessidade de conseguir que a dívida grega alcance níveis "sustentáveis", mas não existe uma fórmula clara para atingir esse objetivo.

Já o Banco Central Europeu (BCE) alertou que qualquer iniciativa que as agências de qualificação de crédito tachem de "moratória seletiva" provocaria um colapso do sistema bancário grego em questão de dias.

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