FMI mantém pressão sobre BCE para que reduza juros e compre dívida
O fundo ainda pede que as instituições europeias não estrangulem as economias com ajustes excessivos
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 10h02.
Bruxelas - O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém sua pressão sobre os políticos e as instituições europeias, pedindo que não estrangulem as economias com ajustes excessivos e recomendando ao Banco Central Europeu que desça as taxas de juros e continue comprando dívida enquanto a crise persistir.
Em seu relatório "Perspectivas econômicas regionais: Europa", que foi apresentado nesta quarta-feira pelo diretor do FMI para a Europa, Antonio Borges, a instituição monetária internacional considera que a crise requer que o BCE "mantenha uma política monetária com uma orientação flexível" e "inclusive a relaxe enquanto persistam os riscos para o crescimento e a estabilidade financeira e se mantenham bem ancoradas as expectativas inflacionárias".
O Conselho do BCE reúne-se nesta quinta-feira para abordar a política monetária da zona do euro e outras medidas extraordinárias com as quais pretende estabilizar a situação nos mercados financeiros.
A instituição monetária da zona do euro subiu de forma moderada e pela primeira vez há quase três anos o preço do dinheiro, fazendo o mesmo em abril e de novo em julho, atingindo no mês de setembro em 1,5%.
Para atacar a crise da dívida soberana na Europa é importante para o FMI "envolvimento contínuo por parte do BCE através de seu programa de compra de dívida pública de países da zona do euro.
O banco, com sede em Frankfurt, começou a comprar em 8 de agosto a dívida soberana da Espanha e da Itália para frear movimentos especulativos que dispararam o prêmio de risco destes países acima de 400 pontos básicos e a rentabilidade dos bônus acima de 6%.
Neste sentido, o FMI pede "compromisso explícito" do BCE com esta política e com a extensão da mesma "pelo tempo que for necessário".
A instituição monetária internacional considera que a estratégia "seria útil" sob um marco de condições fortes e que tenha a garantia dos estados-membros da zona do euro afetados que indenizarão ao BCE por qualquer perda que tenha de assumir pela compra de bônus de países com problemas.
O FMI afirma que, apesar da deterioração das finanças públicas não deixar outra opção que reforçar a consolidação, a desaceleração do crescimento exige atuar com cautela.
"Naqueles países onde as pressões do mercado são mais fortes, convém seguir concentrando a consolidação no período inicial. Em outros países, onde os planos de consolidação fiscal no médio prazo são críveis ou foram mais intensos em uma etapa inicial, existe margem de manobra para permitir que os estabilizadores automáticos operem plenamente para enfrentar as surpresas do crescimento", afirma.
Bruxelas - O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém sua pressão sobre os políticos e as instituições europeias, pedindo que não estrangulem as economias com ajustes excessivos e recomendando ao Banco Central Europeu que desça as taxas de juros e continue comprando dívida enquanto a crise persistir.
Em seu relatório "Perspectivas econômicas regionais: Europa", que foi apresentado nesta quarta-feira pelo diretor do FMI para a Europa, Antonio Borges, a instituição monetária internacional considera que a crise requer que o BCE "mantenha uma política monetária com uma orientação flexível" e "inclusive a relaxe enquanto persistam os riscos para o crescimento e a estabilidade financeira e se mantenham bem ancoradas as expectativas inflacionárias".
O Conselho do BCE reúne-se nesta quinta-feira para abordar a política monetária da zona do euro e outras medidas extraordinárias com as quais pretende estabilizar a situação nos mercados financeiros.
A instituição monetária da zona do euro subiu de forma moderada e pela primeira vez há quase três anos o preço do dinheiro, fazendo o mesmo em abril e de novo em julho, atingindo no mês de setembro em 1,5%.
Para atacar a crise da dívida soberana na Europa é importante para o FMI "envolvimento contínuo por parte do BCE através de seu programa de compra de dívida pública de países da zona do euro.
O banco, com sede em Frankfurt, começou a comprar em 8 de agosto a dívida soberana da Espanha e da Itália para frear movimentos especulativos que dispararam o prêmio de risco destes países acima de 400 pontos básicos e a rentabilidade dos bônus acima de 6%.
Neste sentido, o FMI pede "compromisso explícito" do BCE com esta política e com a extensão da mesma "pelo tempo que for necessário".
A instituição monetária internacional considera que a estratégia "seria útil" sob um marco de condições fortes e que tenha a garantia dos estados-membros da zona do euro afetados que indenizarão ao BCE por qualquer perda que tenha de assumir pela compra de bônus de países com problemas.
O FMI afirma que, apesar da deterioração das finanças públicas não deixar outra opção que reforçar a consolidação, a desaceleração do crescimento exige atuar com cautela.
"Naqueles países onde as pressões do mercado são mais fortes, convém seguir concentrando a consolidação no período inicial. Em outros países, onde os planos de consolidação fiscal no médio prazo são críveis ou foram mais intensos em uma etapa inicial, existe margem de manobra para permitir que os estabilizadores automáticos operem plenamente para enfrentar as surpresas do crescimento", afirma.