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FMI é a favor de imposto corporativo mínimo global, diz economista-chefe

A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, afirmou que as disparidades atuais nas taxas de impostos corporativos provocou "um grande volume" de evasão fiscal

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath (James Lawler Duggan/Reuters)

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath (James Lawler Duggan/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de abril de 2021 às 13h38.

Última atualização em 6 de abril de 2021 às 15h34.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é há muito tempo favorável à adoção de um imposto global mínimo sobre lucros corporativos, disse nesta terça-feira a repórteres a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, classificando a evasão fiscal como uma questão problemática para a economia global.

Gopinath afirmou que as disparidades atuais nas taxas de impostos corporativos provocou "um grande volume" de evasão fiscal, reduzindo a base tributária com que governos podem coletar receitas para financiar os gastos econômicos e sociais necessários.

"É uma grande preocupação", disse Gopinath a repórteres durante entrevista online. "Somos totalmente a favor de um imposto corporativo mínimo global."

O ministro francês de Finanças, Bruno Le Maire, disse nesta terça-feira que um acordo global sobre taxação internacional é possível e saudou promessa da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, de trabalhar em uma taxa mínima corporativa global.

Gopinath disse que o FMI não assumiu uma posição sobre o nível ideal para tal alíquota de imposto, acrescentando que os governos precisam reabastecer seus cofres após gastos maciços para conter a pandemia de covid-19 e mitigar seu impacto econômico.

"A esperança é que eles sigam em frente de uma maneira melhor para que tenham economias mais verdes, inclusivas, sustentáveis, e isso exigiria medidas tanto do lado da receita quanto do lado das despesas", disse Gopinath, acrescentando que cada país teria de adaptar cuidadosamente suas ações próprias em matéria fiscal.

Gopinath afirmou que o FMI ainda está estudando a proposta do governo Biden de aumentar a alíquota do imposto corporativo para 28%, mas observou que a decisão do governo de seu antecessor Donald Trump de reduzir essa alíquota de 35% para 21% em 2017 teve menos impacto sobre o investimento do que inicialmente esperado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na segunda-feira que "não havia evidência" de que um aumento da taxa de imposto corporativo de até 7 pontos percentuais levaria os negócios de empresas para o exterior.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, observou que a taxa de 28% seria menor do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial.

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