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Flashmobs filarmônicos na Ucrânia homenageiam mortos

No aeroporto de Zhuliany, em Kiev, as orquestras presidencial e nacional se uniram para tocar a famosa ode à alegria, que também é o hino europeu

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 14h23.

Em perfeita sintonia, várias orquestras e coros interpretaram neste domingo a "Ode à alegria" de Beethoven em flashmobs organizados em sete aeroportos de toda a Ucrânia, em homenagem aos mortos durante a onda de protestos no país.

No aeroporto de Zhuliany, em Kiev, as orquestras presidencial e nacional se uniram para tocar a famosa ode à alegria, que também é o hino europeu, num espetáculo de apoio aos esforços de aproximação da Ucrânia com a União Europeia que provocaram a crise política vivida pelo país.

Quando os músicos de uniforme começam a tocar, os coristas - misturados em meio ao público - tomam posições entre a orquestra e soltam a voz.

As crianças subiam nos ombros dos pais entre a multidão que começou a formar um círculo em torno da orquestra. Muitos dos espectadores filmavam o evento com seus telefones celulares.

Os organizadores indicaram em comunicado que a apresentação ocorreu nos aeroportos de Boryspil em Kiev, Lviv (oeste), Odessa (sudoeste), Donetsk, Karkhiv e Dnipropetrovsk, no leste do país, majoritariamente russófono.

A iniciativa comemora os 40 dias passados entre o mais mortífero dos três meses de protestos na Ucrânia, na revolta contra o presidente pró-Rússia destituído Viktor Yanukovytch. Ao todo, 100 pessoas morreram em decorrência das violências nas manifestações.

"O objetivo é homenagear a memória dos mortos. Trata-se também de mostrar a unidade e a soberania da Ucrânia", disse o comunicado.

Na tradição ortodoxa, o 40º dia após a morte marca o fim do período de luto, celebrado com uma homenagem especial.

A eleição da "Ode à Alegria" também foi uma maneira de comemorar a assinatura do Acordo de Cooperação com a União Europeia, explicaram os organizadores.

O novo governo de Kiev assinou, no último 21 de março, o acordo recusado por Yanukovytch quatro meses antes, quando preferiu reforçar os laços do país com a Rússia, provocando as manifestações que culminaram na sua destituição.

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