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Filipinos enterram mortos e sobreviventes pedem ajuda

Tacloban começou a enterrar nesta quinta em fossas comuns as vítimas do tufão Haiyan, muitas sem identificação, uma tarefa sombria, mas essencial para a cidade

Corpos de vítimas do tufão Haiyan são enterrados nas Filipinas: persistente odor da decomposição é sentido em toda a cidade, o que gera o temor de epidemias (Edgar Su/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 09h43.

Tacloban - Tacloban começou a enterrar nesta quinta-feira em fossas comuns as vítimas do tufão Haiyan, muitas sem identificação, uma tarefa sombria, mas essencial para a cidade filipina devastada, onde os sobreviventes imploram por ajuda.

A chegada nesta quinta-feira do porta-aviões George Washington, com 5.000 marines a bordo, gera esperança entre os sobreviventes, que precisam praticamente de tudo.

O porta-aviões e sua frota de aviões e helicópteros, escoltado por dois cruzeiros e um destróier, transportam uma ajuda logística indispensável para o transporte de mantimentos, remédios e roupas e, sobretudo, uma grande capacidade de produção de água potável.

"Vai se posicionar ao longo da ilha de Samar para começar a avaliar os danos e dar apoio logístico e de emergência, incluindo material médico e água", declarou em um comunicado o comandante da embarcação, o contra-almirante Mark Montgomery.

Quase uma semana depois da passagem do supertufão, que provocou milhares de mortes, a ajuda ainda é muito esparsa.

"Tenho o sentimento que abandonamos as pessoas", admitiu a diretora de operações humanitárias da ONU , Valerie Amos, um dia depois de uma visita a Tacloban, capital da ilha de Leyte.

"As pessoas precisam desesperadamente de ajuda. Devemos conceder esta ajuda agora. Eles dizem que leva muito tempo para chegar. A prioridade imediata é garantir uma distribuição mais rápida", completou.

Nesta quinta-feira em Tacloban, um dia depois do adiamento de um enterro coletivo por tiros, dezenas de corpos em sacos mortuários foram levados para uma fossa comum.

"Há muitos corpos em muitos lugares. Isto provoca medo", disse o prefeito Alfred Romualdez. O persistente odor da decomposição é sentido em toda a cidade, o que gera o temor de epidemias.

"Uma comunidade pede a retirada de cinco a 10 corpos, mas quando chegamos são 40", disse Romualdez.


A prefeitura calcula que já recuperou quase 2.000 corpos. Estabelecer o balanço de vítimas do tufão é uma tarefa difícil.

A ONU anunciou um balanço possível de 10.000 mortos apenas na cidade de Tacloban, mas o presidente filipino Benigno Aquino considerou a estimativa elevada e citou de 2.000 a 2.500 mortos.

O último balanço oficial provisório cita 2.357 mortos e 77 desaparecidos.

Em Tacloban as operações de recuperação dos corpos são organizadas aos poucos, mas as autoridades locais precisam de ajuda.

"Não posso utilizar um caminhão para recolher cadáveres pela manhã e utilizá-lo à tarde para distribuir ajuda", disse o prefeito Romualdez.

O governo filipino admitiu que não estava preparado para lidar com o alto número de mortos. A retirada dos corpos sofreu atrasos pela falta de bolsas mortuárias.

Desesperados com a lentidão da ajuda, centenas de sobreviventes seguem diariamente para o aeroporto em ruínas de Tacloban, com a esperança de embarcar em um dos raros voos.

"Algumas pessoas caminharam durante dias, sem comer, para chegar aqui e esperar por horas ou dias, mesmo debaixo de chuva", contou Efren Nagrama, diretor da Aviação Civil.

"As pessoas estão desesperadas. Veem aviões de ajuda, mas não conseguem receber comida ou ir embora. É o caos", completou.

A cidade de Tacloban sofre ainda com os saques de moradores.

Muitos feridos precisam de atendimento médico e os especialistas temem os riscos provocados pela falta de água potável, que pode provocar diarreias, especialmente perigosas para as crianças .

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Tacloban - Tacloban começou a enterrar nesta quinta-feira em fossas comuns as vítimas do tufão Haiyan, muitas sem identificação, uma tarefa sombria, mas essencial para a cidade filipina devastada, onde os sobreviventes imploram por ajuda.

A chegada nesta quinta-feira do porta-aviões George Washington, com 5.000 marines a bordo, gera esperança entre os sobreviventes, que precisam praticamente de tudo.

O porta-aviões e sua frota de aviões e helicópteros, escoltado por dois cruzeiros e um destróier, transportam uma ajuda logística indispensável para o transporte de mantimentos, remédios e roupas e, sobretudo, uma grande capacidade de produção de água potável.

"Vai se posicionar ao longo da ilha de Samar para começar a avaliar os danos e dar apoio logístico e de emergência, incluindo material médico e água", declarou em um comunicado o comandante da embarcação, o contra-almirante Mark Montgomery.

Quase uma semana depois da passagem do supertufão, que provocou milhares de mortes, a ajuda ainda é muito esparsa.

"Tenho o sentimento que abandonamos as pessoas", admitiu a diretora de operações humanitárias da ONU , Valerie Amos, um dia depois de uma visita a Tacloban, capital da ilha de Leyte.

"As pessoas precisam desesperadamente de ajuda. Devemos conceder esta ajuda agora. Eles dizem que leva muito tempo para chegar. A prioridade imediata é garantir uma distribuição mais rápida", completou.

Nesta quinta-feira em Tacloban, um dia depois do adiamento de um enterro coletivo por tiros, dezenas de corpos em sacos mortuários foram levados para uma fossa comum.

"Há muitos corpos em muitos lugares. Isto provoca medo", disse o prefeito Alfred Romualdez. O persistente odor da decomposição é sentido em toda a cidade, o que gera o temor de epidemias.

"Uma comunidade pede a retirada de cinco a 10 corpos, mas quando chegamos são 40", disse Romualdez.


A prefeitura calcula que já recuperou quase 2.000 corpos. Estabelecer o balanço de vítimas do tufão é uma tarefa difícil.

A ONU anunciou um balanço possível de 10.000 mortos apenas na cidade de Tacloban, mas o presidente filipino Benigno Aquino considerou a estimativa elevada e citou de 2.000 a 2.500 mortos.

O último balanço oficial provisório cita 2.357 mortos e 77 desaparecidos.

Em Tacloban as operações de recuperação dos corpos são organizadas aos poucos, mas as autoridades locais precisam de ajuda.

"Não posso utilizar um caminhão para recolher cadáveres pela manhã e utilizá-lo à tarde para distribuir ajuda", disse o prefeito Romualdez.

O governo filipino admitiu que não estava preparado para lidar com o alto número de mortos. A retirada dos corpos sofreu atrasos pela falta de bolsas mortuárias.

Desesperados com a lentidão da ajuda, centenas de sobreviventes seguem diariamente para o aeroporto em ruínas de Tacloban, com a esperança de embarcar em um dos raros voos.

"Algumas pessoas caminharam durante dias, sem comer, para chegar aqui e esperar por horas ou dias, mesmo debaixo de chuva", contou Efren Nagrama, diretor da Aviação Civil.

"As pessoas estão desesperadas. Veem aviões de ajuda, mas não conseguem receber comida ou ir embora. É o caos", completou.

A cidade de Tacloban sofre ainda com os saques de moradores.

Muitos feridos precisam de atendimento médico e os especialistas temem os riscos provocados pela falta de água potável, que pode provocar diarreias, especialmente perigosas para as crianças .

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