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Filha do sequestrador de Cleveland diz desprezar o pai

Angie Gregg, filha de Ariel Castro, disse à CNN que ficou chocada ao saber do que seu pai havia feito e que não quer ter ligações com ele


	Ariel Castro, acusado de sequestrar três jovens durante dez anos em Cleveland: a filha de Ariel disse que sente muita pena das mulheres que foram arrancadas de suas famílias para viver uma vida de torturas.
 (Cleveland Police Dept/Handout via Reuters)

Ariel Castro, acusado de sequestrar três jovens durante dez anos em Cleveland: a filha de Ariel disse que sente muita pena das mulheres que foram arrancadas de suas famílias para viver uma vida de torturas. (Cleveland Police Dept/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 15h10.

Washington - A filha do homem acusado de manter três mulheres em cativeiro por uma década afirmou nesta sexta-feira que a história envolvendo seu pai é um filme de terror, e que o despreza por seus atos.

Angie Gregg, filha de Ariel Castro, disse à CNN que ficou chocada ao saber do que seu pai havia feito e que não quer ter ligações com ele.

"Não tenho o menor problema em cortá-lo da minha vida. O menor problema", enfatizou. "Nunca mais quero vê-lo".

"Só queria perguntar uma coisa a ele: Você achou que isso ia durar para sempre? O que você acha que ia acontecer? Você ia acabar sendo preso", afirmou ela, comentando que esteve com o pai há duas semanas.

Durante esse encontro, Ariel Castro mostrou para a filha a foto de uma menina pequena, provavelmente a filha da refém Amanda Berry. Ele chamou a menina de Jocelyn. Angie chegou a notar uma certa semelhança familiar na criança.

"Eu disse: 'Ela bonita, quem é?' E ele disse: 'é a filha da minha namorada'. Eu comentei: 'pai, essa menina parece a Emily'", contou, referindo-se a sua irmã mais nova.

"E ele respondeu: 'Não, essa não é minha filha, é filha da minha namorada com outra pessoa'".


Angie admitiu que sempre sentiu que havia algo estranho em seu pai.

"Havia coisas esquisitas que notei ao longo dos anos, como, por exemplo, que ele mantinha sua casa trancada o tempo todo", explicou. "Quando a gente jantava na casa da minha avó, ele sempre saía por mais ou menos uma hora e depois voltava sem explicar para onde tinha ido. Tudo faz sentido agora. Estou enojada. Estou horrorizada".

Ela disse que sente muita pena das mulheres que foram arrancadas de suas famílias para viver uma vida de torturas sob o jugo de seu pai.

"Eu gostaria de conhecê-las. Gostaria de ver a menininha Jocelyn. Mas não quero pressioná-las a isso. Talvez um dia. É uma possibilidade. Neste momento, essas moças precisam se curar".

"É como um filme de terror", comentou, chocada. É como assistir a um filme de terror muito ruim", concluiu.

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