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Fenômeno do Ecce Homo restaurado continua vivo

Singular restauração do Ecce Homo de Borja continua sendo um fenômeno, que terá uma ópera, aparecerá em filme e é o tema principal de um vídeo

A restauração do quadro Ecce Homo feita por Cecilia Giménez, em Zaragoza (Elías García Martínez, Cecilia Giménez/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 13h43.

Zaragoza - A singular restauração do Ecce Homo de Borja (Zaragoza, centro), cuja notícia há dois anos deu a volta ao mundo, continua sendo um fenômeno que terá uma ópera nos Estados Unidos , aparecerá em um filme na Espanha e é o tema principal de um recente vídeo musical no qual sua autora atua.

Tudo começou em agosto de 2012, quando Cecilia Giménez colocou o município no mapa devido aos retoques que fez neste mural do começo do século XX do artista aragonês Elías García Martínez, que ficou deformada.

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A notícia da tentativa de restauração não demorou em se espalhar pelas redes sociais e os meios de comunicação de todo o planeta repercutiram o fato.

Assim, o Ecce Homo de Borja se transformou em pouco tempo em um fenômeno viral na internet, onde se propagaram as brincadeiras e as fotomontagens - os denominados "memes" - comparando o Ecce Homo com todo tipo de celebridades ou com pinturas famosas como a Mona Lisa de Da Vinci.

A dimensão da notícia foi tal que, com a repercussão na mídia, Cecilia, que hoje tem 83 anos, sofreu um ataque de ansiedade.

Dois anos depois conta a Agência Efe que lida bem com a fama, que a levou a protagonizar recentemente o vídeo musical da canção "Ecce Homo", do cantor Ángel Petisme. Ela assegura que na filmagem se sentiu "muito cômoda" e que foi uma experiência "muito bonita".

Longe de se esvanecer, o fenômeno do Ecce Homo continua vivo, já que, além das camisetas, rótulos de garrafas de vinho e aplicativos para celular, a polêmica restauração vai protagonizar em breve uma ópera nos Estados Unidos e fará parte também de uma cena no filme do diretor e ator espanhol Santiago Segura.

Por isso Cecilia, que no começo passou "mal", agora desfruta "do apoio das pessoas" e se sente "muito contente" que a lembrança tenha servido para que "elas conheçam Borja e o Santuário da Misericórdia".

Nestes dois anos passaram por este local mais de 140 mil visitantes de todos os pontos do planeta para conhecer a pintura e a sua restauradora, que assinalou que muitos deles a procuram em casa para tirar uma foto com ela.

Além disso, aproveitando a situação, a Associação de Moradores do Santuário da Misericórdia de Borja criou o primeiro museu internacional do Ecce Homo, que conta com 26 pinturas inéditas sobre esta obra de autores de diferentes pontos do mundo.

Cecilia, quem destaca que não obtém renda com as visitas ao Ecce Homo porque a arrecadação se destina a projetos beneficentes, expressou sua satisfação porque "no final as coisas se saíram bem" e favoreceu o município.

Na opinião desta octogenária, se alguém tivesse tentado fazer algo similar para atrair turistas a Borja "não teria conseguido", já que "é algo que aconteceu por acaso" e "coube" a ela.

Neste sentido, o prefeito do município, Miguel Arilla, disse à Efe, que a "restauração" favoreceu Borja já que se aumentou a afluência de visitantes repercutindo na economia local, além de divulgar "o patrimônio cultural e artístico da cidade no mundo".

Um sucesso que o município quer continuar explorando já que, segundo explicou Arilla, a Adegas Aragonesas, por causa do segundo aniversário, vai lançar uma promoção especial na qual aparecerá a imagem do Ecce Homo "restaurado" nos rótulos das garrafas de vinho.

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