Walter Feldman fez duras críticas a secretários do governador Geraldo Alckmin (Agencia Camara)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 21h34.
São Paulo - O secretário de Esportes e Lazer do município de São Paulo, Walter Feldman, afirmou nesta segunda-feira que deixará o PSDB. O anúncio se segue ao de seis vereadores que comunicaram a saída da sigla na semana passada.
Feldman, um dos fundadores do PSDB, não informou seu destino político e nem se vai ingressar no PSD anunciado pelo prefeito Gilberto Kassab. Ele deixa o comando da secretaria na terça-feira para acompanhar a organização da Olimpíada de 2012, em Londres, pela prefeitura.
Ele fez duras críticas a secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
"Quatro secretários de Estado, talvez cinco, operaram a eleição do diretório municipal. Pessoal e diretamente. Então houve uma interferência inaceitável do governo", disse Feldman.
As acusações se referem à eleição para o diretório municipal do PSDB neste mês, que elegeu o deputado e secretário estadual Júlio Semeghini, aliado de Alckmin. O novo diretório estará à frente da eleição municipal do ano que vem.
O partido está rachado em São Paulo desde a eleição municipal de 2008, quando Feldman e vereadores atenderam apelo do ex-governador José Serra e apoiaram a eleição do prefeito Gilberto Kassab, enquanto o partido optou por concorrer com a candidatura de Alckmin.
Segundo Feldman, a saída dele e dos vereadores representa um alerta para que o PSDB possa retomar o seu rumo.
O vereador Gilberto Natalini, um dos que deixou o PSDB, disse que o grupo que apoia Kassab "sofre perseguição" por parte dos novos dirigentes do diretório municipal. "Há um caldo de cultura nos setores médios do partido que vai resultar em debandada", disse.
A vaga de Feldman, que saiu derrotado para um novo mandato de deputado federal na eleição de 2010, vai para Bebeto Haddad, do PMDB, em nova articulação política de Kassab.