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Fed mantém juro próximo de zero e comprará US$ 600 bi

Além dos US$ 600 bilhões, o Fed deverá comprar cerca de US$ 35 bilhões por mês para substituir bônus hipotecários

Ben Bernanke, presidente do Fed: banco central norte-americano deve gastar centenas de bilhões de dólares em dívida do governo norte-americano (Alex Wong/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 16h01.

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou o esperado plano de comprar Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) com o objetivo de tentar estimular o crescimento econômico do país. Após dois dias de discussões, o Fed informou que vai comprar US$ 600 bilhões em dívida do governo pelos próximos oito meses.

O Fed disse ainda que está pronto para comprar mais bônus se a persistente fragilidade da economia levar a inflação a continuar muito baixa e o desemprego muito alto.

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Ao término da reunião de novembro do comitê de mercado aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Fed também informou em seu comunicado que manteve a taxa de juro na faixa de zero a 0,25% ao ano, o recorde de baixa em que está desde dezembro de 2008, conforme era esperado. O banco central também reiterou que as taxas de juro ficarão baixas por período prolongado.

O primeiro programa de compra de bônus do governo pelo Fed, de US$ 1,75 trilhão, foi executado entre dezembro de 2008 e março de 2010 e teria ajudado as atividades quando os EUA foram atingidos pela crise financeira e por uma profunda recessão.

O Fed disse que espera comprar entre US$ 850 bilhões e US$ 950 bilhões em Treasuries até o fim do segundo trimestre de 2011. Isso porque, além dos US$ 600 bilhões, o Fed deverá comprar cerca de US$ 35 bilhões por mês para substituir bônus hipotecários em sua carteira que estão sendo retirados, uma decisão que foi adotada em agosto.

O Fed vai "continuar a monitorar a perspectiva econômica e os desenvolvimentos financeiros e vai empregar suas ferramentas de política conforme o necessário" para sustentar a recuperação.

O presidente do Fed de Kansas City, Thomas H. Hoenig, foi novamente o único voto discordante entre os membros que votaram na reunião do Fomc. Ele votou contra a decisão do banco central pela sétima vez este ano. As informações são da Dow Jones.

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