FBI acredita em autenticidade de vídeo de decapitação
A polícia federal americana acredita que o vídeo com a decapitação de jornalista americano seja autêntico, segundo jornal
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2014 às 14h05.
Washington - A polícia federal americana ( FBI ) acredita que o vídeo com a suposta decapitação do jornalista americano James Foley, sequestrado na Síria em novembro de 2012, seja "autêntico", indicou nesta quarta-feira o "GlobalPost", veículo para o qual ele colaborava.
"O FBI disse na manhã da quarta-feira à família de Foley que acredita que o vídeo (divulgado) seja autêntico", assinalou a nota do "GlobalPost", com sede em Boston, em referência à execução do jornalista americano por jihadistas do Estado Islâmico ( EI ).
São Paulo - A Síria foi, em 2013, o lugar mais letal para jornalistas do mundo. Por lá, 28 profissionais foram mortosdiretamentepor causa de seus trabalhos. No mundo, foram 70 mortes.É o que mostra o levantamento mais recente do Committee to Protect Journalists, que mapeia os casos de violência contra jornalistas em serviço ao redor do mundo. No top 10, aparecem países em conflitos intensos, como Sìria e Iraque, mas também países vistos como democráticos e pacíficos. É o caso do Brasil, que aparece na preocupante sétima colocação. Alguns números alarmantes:
- 94% dos casos de assassinato ficaram impunes
- 16% dos assassinatos partiu, acredita-se, de forças do governo
- 44% dos profissionais eram de meios online, 37% eram de TV e 20% de meios impressos
- 44% foram assassinados, enquanto 36% estavam no meio de um combate ou fogo cruzado e 20% estavam em uma situação de risco
Número de mortos: 10 Um dos casos recentes no Iraque envolveu o cinegrafista Mohammed Ghanem e o correspondente Mohammed Karim al-Badrani, do canal de TV independente Al-Sharqiya. Eles filmavam os preparativos do feriado de Eid al-Adha quando foram alvejados. Não se sabe se o fogo partiu do governo ou de milícias.
Número de mortos: 6 As mortes foram provocadas pelas intensos protestos que tomaram conta do Egito desde 2012. Três das seis mortes foram em um único dia, 14 de agosto, quando esses jornalistas cobriam ataques das forças de segurança do governo contra manifestantes partidários da Irmandade Muçulmana.
Número de mortos: 3 Apesar de ser uma democracia e não viver nenhuma guerra declarada, o Brasil aparece entre os mais mortais. Entre as vítimas, estão Mario Randolfo Marques Lopes, editor do site de notícias Vassouras na Net. Ele e sua esposa foram sequestrados e mortos na cidade de Barra do Piraí, no Rio. Lopes denunciava casos de corrupção.
Número de mortos: 3 Além das três mortes diretamente relacionadas ao trabalho dos jornalistas, há outras seis mortes que estão sendo invetigadas nas Filipinas e podem ter relação com a profissão. Um dos últimos casos vitimou Romeo Olea, um comentarista de rádio morto a tiros. Sua esposa disse que ele recebia constantes ameaças de morte.
Número de mortos: 2 As mortes de jornalistas no Mali só começaram a ser documentadas a partir de 2012. Em 2013, Ghislaine Dupont e Claude Verlon, da Rádio France Internacionale, foram sequestrados e mortos com vários tiros.
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