Fazendas eólicas esquentam (pra valer) as noites texanas
Em dez anos, os parques eólicos deixaram a atmosfera do estado americano 0,72ºC mais quente, um aumento na temperatura equivalente ao sofrido pela Austrália em meio século
Vanessa Barbosa
Publicado em 30 de abril de 2012 às 14h23.
São Paulo - Para além da energia limpa, os parques eólicos também geram um sopro de ar quente capaz de alterar a temperatura dos lugares onde se instalam. É o que indica um estudo publicado no periódico científico Nature Climate Change que analisou, entre 2003 e 2011, o impacto dessa fonte renovável sobre o centro-oeste do estado americano do Texas, dono de quatro das maiores fazendas eólicas do mundo.
O resultado apontou um aumento de até 0,72 graus Celsius na temperatura de regiões próximas aos gerados eólicos, no período em questão, especialmente durante as noites. A título de comparação, trata-se de um aumento no termômetro equivalente ao sofrido de forma natural pela Austrália nos últimos 50 anos.
A explicação para este fenômeno, segundo os cientistas, vem de uma pequena turbulência no ar causada pelo movimento das élices dos geradores. “Ao converter a energia cinética do vento em eletricidade, as turbinas eólicas modificam a superfície atmosférica e a transferência de energia no ar”, diz o estudo.
No período observado, a região viveu uma rápida expansão de parques eólicos. O número de turbinas passou de cerca de cem em 2003 para mais de duas mil no ano de 2011. Para os pesquisadores, o fato de as fazendas de energia eólica esquentarem a atmosfera não deve ser exergado como algo negativo, nem como argumento para se impedir a construção de novas centrais.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o coordenador do estudo, Liming Zhou, da Universidade de Albany, em New York, afirmou que “aquecimento pode ter efeitos positivos”, destacando ainda que o estudo está focado apenas em uma região e num período curto de 9 anos. “Muito mais trabalho é necessário antes que possamos tirar qualquer conclusão", completou.
São Paulo - Para além da energia limpa, os parques eólicos também geram um sopro de ar quente capaz de alterar a temperatura dos lugares onde se instalam. É o que indica um estudo publicado no periódico científico Nature Climate Change que analisou, entre 2003 e 2011, o impacto dessa fonte renovável sobre o centro-oeste do estado americano do Texas, dono de quatro das maiores fazendas eólicas do mundo.
O resultado apontou um aumento de até 0,72 graus Celsius na temperatura de regiões próximas aos gerados eólicos, no período em questão, especialmente durante as noites. A título de comparação, trata-se de um aumento no termômetro equivalente ao sofrido de forma natural pela Austrália nos últimos 50 anos.
A explicação para este fenômeno, segundo os cientistas, vem de uma pequena turbulência no ar causada pelo movimento das élices dos geradores. “Ao converter a energia cinética do vento em eletricidade, as turbinas eólicas modificam a superfície atmosférica e a transferência de energia no ar”, diz o estudo.
No período observado, a região viveu uma rápida expansão de parques eólicos. O número de turbinas passou de cerca de cem em 2003 para mais de duas mil no ano de 2011. Para os pesquisadores, o fato de as fazendas de energia eólica esquentarem a atmosfera não deve ser exergado como algo negativo, nem como argumento para se impedir a construção de novas centrais.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o coordenador do estudo, Liming Zhou, da Universidade de Albany, em New York, afirmou que “aquecimento pode ter efeitos positivos”, destacando ainda que o estudo está focado apenas em uma região e num período curto de 9 anos. “Muito mais trabalho é necessário antes que possamos tirar qualquer conclusão", completou.