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Farc pedem que colombianos deixem ódio para trás

As Farc pediram para que todos os colombianos deixem para trás os sentimentos de ódio e de vingança para iniciar diálogo

Farc: delegações da guerrilha e do governo colombiano retomaram hoje suas negociações (Luis Robayo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 13h31.

Havana - As Farc pediram nesta terça-feira para que todos os colombianos "deixem para trás" os sentimentos de ódio e de vingança e se colocou a favor de uma reconciliação, no momento em que começou em Havana, em Cuba , a discussão entre a guerrilha e o governo sobre as vítimas do conflito.

"Estamos abrindo esse debate e este assunto é muito importante porque ele vai nos dar entregar as chaves para abrir o caminho rumo à reconciliação da família colombiana", afirmou o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e chefe negociador da guerrilha, "Ivan Márquez".

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Após um recesso de várias semanas, as delegações de paz da guerrilha e do governo colombiano retomaram hoje suas negociações em Cuba, onde começarão a abordar o quarto dos cinco pontos da agenda para terminar com o conflito armado, relacionado ao reconhecimento e reparação às vítimas.

"Ivan Márquez", apelido do guerrilheiro Luciano Marín Arango, advertiu que nesta nova fase do processo de paz todos os colombianos terão que "dispor de espírito para a humildade, para escutar, para o perdão".

"É preciso deixar para trás os sentimentos de ódio e de vingança se queremos ter a pátria em paz", disse o chefe guerrilheiro, que lidera o grupo negociador dos insurgentes desde o começo dos diálogos de paz, em novembro de 2012.

Os negociadores do governo de Juan Manuel Santos, liderados pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não deram declarações ao chegar no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente dos diálogos.

O processo de paz colombiano entra assim em seu 27º ciclo de conversas, após ter alcançado acordos parciais prévios nos três primeiros dos cinco pontos que compõem a agenda de negociação: terras e desenvolvimento rural, participação política e drogas e cultivos ilícitos.

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