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FAO alerta para extensão da crise de fome na Somália

A crise de fome se estende por três outras áreas do sul do país e ameaça afetar toda a região meridional nas próximas semanas

Refugiados da Somália aguardam registro para receberem ajuda humanitária no Quênia: existem 3,7 milhões somalis em situação de crise humanitária (Oli Scarff/Getty Images)

Refugiados da Somália aguardam registro para receberem ajuda humanitária no Quênia: existem 3,7 milhões somalis em situação de crise humanitária (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 08h15.

Roma - A crise de fome se estende por três outras áreas do sul da Somália e ameaça afetar toda a região meridional do país, o que requer a cooperação urgente da comunidade internacional, advertiu nesta sexta-feira em comunicado a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

A FAO pediu ações "de forma imediata para salvar as vidas e os meios de subsistência de milhões de camponeses e criadores de gado no Chifre da África, abalado pela seca".

Organismos da FAO anunciaram em Nairóbi nesta semana que a crise de fome chegou a três novas zonas na Somália meridional: nas áreas de Balaad e Adale, no Shabelle Medio, e no campo de refugiados internos de Afgoye e entre a comunidade de refugiados em Mogadíscio.

"As demais regiões da Somália meridional encontram-se imersas em emergência humanitária que provocou milhares de mortes", indica o comunicado.

A emergência faz parte de uma crise mais ampla provocada pela seca e pelos conflitos na região do Chifre da África que ameaça as vidas e os meios de subsistência de aproximadamente 12,4 milhões de pessoas na Somália, Djibuti, Etiópia e Quênia, e de outros milhões nos países vizinhos.

Segundo a FAO, prevê-se que a crise de fome se estenda por todas as regiões do sul (da Somália) nas próximas quatro a seis semanas e que persista pelo menos até dezembro.

É necessário um esforço contínuo para iniciar uma resposta imediata, global e em grande escala, destaca a FAO.

Na Somália, existem 3,7 milhões de pessoas em situação de crise humanitária, das quais 3,2 milhões necessitam ajuda de forma imediata para se salvar (2,8 milhões de pessoas no sul).

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