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Famílias fogem de Ajdabiya por medo da ofensiva de Kadafi

Rebeldes vem perdendo terreno, mas tentam a todo custo segurar Brega.

Rebeldes líbios perderam, no último sábado, controle de região petrolífera (John Moore/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2011 às 14h46.

Benghazi - Alguns moradores da cidade de Ajdabiya, principal polo de comunicação na região e última população importante antes da capital rebelde de Benghazi, começaram a abandonar o local, informaram à Agência EFE fontes revolucionárias.

A ofensiva das tropas fiéis ao coronel Muammar Kadafi, que durante 41 anos tem exercido o poder no país, suscitou o medo entre os líbios, que veem como a tropa se aproxima por terra, mar e ar.

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"Várias famílias abandonaram a cidade, mas a maioria ainda permanece lá", disse à Efe um membro da comissão de imprensa dos rebeldes Bara al-Khatib, que ressaltou que foram intensificadas as medidas defensivas e de segurança enquanto os rebeldes ainda resistem em Brega.

Os rebeldes líbios perderam o terreno que tentaram defender nos últimos dias frente ao avanço constante das forças fiéis ao coronel Muammar Kadafi e tentam desesperadamente segurar Brega, a 80 quilômetros de Ajdabiya.

As forças de Kadafi conseguiram percorrer os mais de 120 quilômetros que separam Ben Jawad, onde foi detido o avanço rebelde, até El Aguila, a última conquista da tropa, que assegura que já domina Brega.

Segundo o porta-voz rebelde Mustafa Geriani, suas forças ainda defendem Brega, mas a precariedade revolucionária frente à superioridade de armamento do regime de Trípoli situa a ameaça iminente em Ajdabiya.

Ao temor pelas represálias à população em rebelião, se soma o medo a um cerco à cidade de Benghazi, capital provisória dos rebeldes, e a possibilidade de que as forças de Kadafi alcancem Tobruk e daí a fronteira com o Egito.

Perguntado por vários jornalistas, Geriani justificou o rápido avanço das forças de Kadafi nos últimos três dias entre Ben Jawad e Brega, pelo o forte uso de artilharia e pelos bombardeios aéreos e marítimos.

"Não estamos falando de uma guerra clássica, é uma guerra no deserto, é comum que haja avanços e retrocessos", ressaltou.

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