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Família de Bin Laden é expulsa do Paquistão

As três viúvas e uma dezena de filhos de Osama Bin Laden foram enviados para a Arábia Saudita

A polícia paquistanesa acompanha veículo que transportou a família de Bin Laden ao aeroporto (Aaamir Qureshi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 11h00.

Rawalpindi - O Paquistão expulsou na manhã desta sexta-feira as três viúvas e uma dezena de filhos de Osama Bin Laden, que seguiram para a Arábia Saudita, anunciou o governo em Islamabad.

As viúvas estavam detidas desde a morte do líder da Al-Qaeda, há quase um ano, durante uma operação militar americana.

O avião com a família de Bin Laden decolou do aeroporto de Islamabad pouco antes das 02H00 local (18H00 de Brasília de quinta-feira), disse à AFP um porta-voz do ministério do Interior.

Em um comunicado publicado anteriormente, o ministério já tinha informado sobre "a expulsão de 14 membros da família de Osama Bin Laden por decisão da Justiça" paquistanesa, e que seu destino "escolhido" era a "Arábia Saudita".

Um comando das forças especiais americanas matou o líder da Al-Qaeda no dia 2 de maio passado, durante uma operação contra a residência de Bin Laden em Abbottabad, no norte do Paquistão.

Os soldados americanos, que levaram o corpo de Bin Laden, não detiveram qualquer membro de sua família, mas as autoridades paquistanesas prenderam as três mulheres do líder terrorista após a operação.

Depois de 10 meses de detenção sem acusação formal, as três mulheres - duas sauditas e uma iemenita - foram condenadas a 45 dias de prisão por permanência ilegal no Paquistão, pena que acabaram de cumprir há 10 dias, sendo expulsas do país com seus filhos.

Todos foram enviados para a Arábia Saudita e, uma vez neste país, a mais jovem das esposas de Bin Laden, a iemenita Amal Abdulfattah, partirá para o Iêmen com os cinco filhos.

A saída da família permite ao Paquistão virar a página da misteriosa presença de Bin Laden no país, a poucos dias do primeiro aniversário de sua morte.

A presença do líder da Al-Qaeda em Abbottabad, a centenas de metros da maior academia militar do país, aumentou as suspeitas de que o exército paquistanês era incompetente ou cúmplice dos islamitas, em particular nos Estados Unidos, onde Islamabad é acusado por muitos de praticar um jogo duplo com algumas redes extremistas.


Do lado paquistanês, o ataque americano humilhou o exército, visto como incapaz de proteger o país, uma acusação grave em uma nação que considera a soberania territorial sagrada. Também provocou uma grave crise entre Washington e Islamabad, um aliado importante na região desde 2001.

Pouco depois do ataque, Islamabad formou uma comissão de investigação para tentar descobrir se Bin Laden foi beneficiado por cúmplices no governo ou no exército. A comissão ainda não divulgou um relatório até o momento.

Horas depois da operação, os americanos anunciaram que o corpo do líder da Al-Qaeda foi jogado no mar para evitar que seu túmulo virasse um local de peregrinação. Nenhuma foto do corpo foi divulgada.

Em fevereiro, as autoridades paquistanesas demoliram a residência de Abbottabad na qual Bin Laden viveu com a família, também com o objetivo de evitar que o local virasse um santuário islâmico.

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Rawalpindi - O Paquistão expulsou na manhã desta sexta-feira as três viúvas e uma dezena de filhos de Osama Bin Laden, que seguiram para a Arábia Saudita, anunciou o governo em Islamabad.

As viúvas estavam detidas desde a morte do líder da Al-Qaeda, há quase um ano, durante uma operação militar americana.

O avião com a família de Bin Laden decolou do aeroporto de Islamabad pouco antes das 02H00 local (18H00 de Brasília de quinta-feira), disse à AFP um porta-voz do ministério do Interior.

Em um comunicado publicado anteriormente, o ministério já tinha informado sobre "a expulsão de 14 membros da família de Osama Bin Laden por decisão da Justiça" paquistanesa, e que seu destino "escolhido" era a "Arábia Saudita".

Um comando das forças especiais americanas matou o líder da Al-Qaeda no dia 2 de maio passado, durante uma operação contra a residência de Bin Laden em Abbottabad, no norte do Paquistão.

Os soldados americanos, que levaram o corpo de Bin Laden, não detiveram qualquer membro de sua família, mas as autoridades paquistanesas prenderam as três mulheres do líder terrorista após a operação.

Depois de 10 meses de detenção sem acusação formal, as três mulheres - duas sauditas e uma iemenita - foram condenadas a 45 dias de prisão por permanência ilegal no Paquistão, pena que acabaram de cumprir há 10 dias, sendo expulsas do país com seus filhos.

Todos foram enviados para a Arábia Saudita e, uma vez neste país, a mais jovem das esposas de Bin Laden, a iemenita Amal Abdulfattah, partirá para o Iêmen com os cinco filhos.

A saída da família permite ao Paquistão virar a página da misteriosa presença de Bin Laden no país, a poucos dias do primeiro aniversário de sua morte.

A presença do líder da Al-Qaeda em Abbottabad, a centenas de metros da maior academia militar do país, aumentou as suspeitas de que o exército paquistanês era incompetente ou cúmplice dos islamitas, em particular nos Estados Unidos, onde Islamabad é acusado por muitos de praticar um jogo duplo com algumas redes extremistas.


Do lado paquistanês, o ataque americano humilhou o exército, visto como incapaz de proteger o país, uma acusação grave em uma nação que considera a soberania territorial sagrada. Também provocou uma grave crise entre Washington e Islamabad, um aliado importante na região desde 2001.

Pouco depois do ataque, Islamabad formou uma comissão de investigação para tentar descobrir se Bin Laden foi beneficiado por cúmplices no governo ou no exército. A comissão ainda não divulgou um relatório até o momento.

Horas depois da operação, os americanos anunciaram que o corpo do líder da Al-Qaeda foi jogado no mar para evitar que seu túmulo virasse um local de peregrinação. Nenhuma foto do corpo foi divulgada.

Em fevereiro, as autoridades paquistanesas demoliram a residência de Abbottabad na qual Bin Laden viveu com a família, também com o objetivo de evitar que o local virasse um santuário islâmico.

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