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Explosão das drogas sintéticas preocupa Europa

A maioria destas novas "substâncias psicotrópicas que se negocia no mercado europeu de drogas ilegais" se fabrica na China e, em menor medida, na Índia

Cocaína: apesar de um claro declínio nos últimos anos, "a cocaína continua sendo a segunda droga ilegal mais consumida na Europa, depois da maconha" (Australian Federal Police/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 17h54.

Bruxelas - A União Europeia (UE) alertou esta quinta-feira para o forte aumento da demanda pelas chamadas drogas "de design", sintetizadas na China e que podem ser compradas pela internet, enquanto a cocaína perde popularidade, embora se mantenha, atrás da maconha, como segunda droga ilegal mais consumida.

"Na Europa e em todo o mundo presta-se atenção (...) nas novas drogas e nas novas pautas de consumo", destacou um relatório elaborado pelo Centro de Controle Europeu de Dependência à Droga e a Europol.

"Esta atenção se vê alimentada pelas mudanças produzidas na tecnologia das comunicações", já que em muitos casos as drogas podem ser compradas como "euforizantes legais" na internet ou "em lojas especializadas".

O termo "droga de design" é usado, desde os anos 1980, para designar os compostos do "ecstasy" (MDMA e outros, como os canabinoides sintéticos) e se aplica a substâncias "destinadas a imitar os efeitos das drogas controladas, porém modificando sutilmente sua estrutura química para escapar dos controles existentes", destacou o informe.

A maioria destas novas "substâncias psicotrópicas que se negocia no mercado europeu de drogas ilegais" se fabrica na China e, em menor medida, na Índia.


Três produtos naturais - kratom, sálvia e cogumelos alucinógenos - continuam sendo os "euforizantes legais" ofertados com mais frequência na web, seguidos de oito substâncias sintéticas, cuja disponibilidade aumentou em 2011.

O mercado europeu da droga "é um dos fenômenos criminosos mais complexos e invasores do nosso tempo", advertiu a comissária de Assuntos do Interior, Cecilia Malmström, durante entrevista coletiva.

"Os grupos criminosos organizados são agora mais propensos a traficar com muitas substâncias ao mesmo tempo e juntar forças", acrescentou.

"O tráfico de drogas também está se diversificando no que diz respeito à complexidade, tanto das rotas escolhidas quanto dos tipos de drogas transportadas por estas rotas", acrescentou.

Apesar de um claro declínio nos últimos anos, "a cocaína continua sendo a segunda droga ilegal mais consumida na Europa, depois da maconha" e "a maior parte do processo de transformação das folhas de coca em cloridrato de cocaína continua se desenvolvendo em Colômbia, Peru e Bolívia".


O consumo de cocaína aumentou durante mais de uma década "até alcançar um máximo em 2008-2009", mas desde então se verifica uma "perda de popularidade desta droga".

"Estudos qualitativos realizados em ambientes recreativos também indicam uma possível mudança na imagem da cocaína, que vai perdendo sua reputação" em países como Dinamarca e Holanda.

As apreensões de cocaína diminuíram.

A droga com destino à Europa transita pela maior parte dos países da América do Sul e América Central, mas procede sobretudo de "Argentina, Brasil, Equador, México e Venezuela", diz o estudo.

Espanha, Holanda, Portugal e Bélgica continuam sendo os "principais pontos de entrada da cocaína na Europa". E os informes mencionam "com frequência Alemanha, França e Reino Unido" como principais países de trânsito ou de destino.

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Bruxelas - A União Europeia (UE) alertou esta quinta-feira para o forte aumento da demanda pelas chamadas drogas "de design", sintetizadas na China e que podem ser compradas pela internet, enquanto a cocaína perde popularidade, embora se mantenha, atrás da maconha, como segunda droga ilegal mais consumida.

"Na Europa e em todo o mundo presta-se atenção (...) nas novas drogas e nas novas pautas de consumo", destacou um relatório elaborado pelo Centro de Controle Europeu de Dependência à Droga e a Europol.

"Esta atenção se vê alimentada pelas mudanças produzidas na tecnologia das comunicações", já que em muitos casos as drogas podem ser compradas como "euforizantes legais" na internet ou "em lojas especializadas".

O termo "droga de design" é usado, desde os anos 1980, para designar os compostos do "ecstasy" (MDMA e outros, como os canabinoides sintéticos) e se aplica a substâncias "destinadas a imitar os efeitos das drogas controladas, porém modificando sutilmente sua estrutura química para escapar dos controles existentes", destacou o informe.

A maioria destas novas "substâncias psicotrópicas que se negocia no mercado europeu de drogas ilegais" se fabrica na China e, em menor medida, na Índia.


Três produtos naturais - kratom, sálvia e cogumelos alucinógenos - continuam sendo os "euforizantes legais" ofertados com mais frequência na web, seguidos de oito substâncias sintéticas, cuja disponibilidade aumentou em 2011.

O mercado europeu da droga "é um dos fenômenos criminosos mais complexos e invasores do nosso tempo", advertiu a comissária de Assuntos do Interior, Cecilia Malmström, durante entrevista coletiva.

"Os grupos criminosos organizados são agora mais propensos a traficar com muitas substâncias ao mesmo tempo e juntar forças", acrescentou.

"O tráfico de drogas também está se diversificando no que diz respeito à complexidade, tanto das rotas escolhidas quanto dos tipos de drogas transportadas por estas rotas", acrescentou.

Apesar de um claro declínio nos últimos anos, "a cocaína continua sendo a segunda droga ilegal mais consumida na Europa, depois da maconha" e "a maior parte do processo de transformação das folhas de coca em cloridrato de cocaína continua se desenvolvendo em Colômbia, Peru e Bolívia".


O consumo de cocaína aumentou durante mais de uma década "até alcançar um máximo em 2008-2009", mas desde então se verifica uma "perda de popularidade desta droga".

"Estudos qualitativos realizados em ambientes recreativos também indicam uma possível mudança na imagem da cocaína, que vai perdendo sua reputação" em países como Dinamarca e Holanda.

As apreensões de cocaína diminuíram.

A droga com destino à Europa transita pela maior parte dos países da América do Sul e América Central, mas procede sobretudo de "Argentina, Brasil, Equador, México e Venezuela", diz o estudo.

Espanha, Holanda, Portugal e Bélgica continuam sendo os "principais pontos de entrada da cocaína na Europa". E os informes mencionam "com frequência Alemanha, França e Reino Unido" como principais países de trânsito ou de destino.

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