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Exército reforça presença na fronteira com Guiana e Venezuela

Países disputam há mais de um século o território de Essequibo, região rica em petróleo e minério

Rupununi, na região do Essequibo, na Guiana, próximo da fronteira com Brasil e Venezuela (Agence France-Presse/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 17h15.

Última atualização em 6 de dezembro de 2023 às 17h29.

O Exército brasileiro informou, nesta quarta-feira, 6, que decidiu reforçar sua presença na fronteira com Venezuela e Guiana , em meio à disputa entre estes dois países após o referendo organizado no domingo por Caracas sobre a região de Essequibo, rica em petróleo.

"O Exército Brasileiro vem mantendo [...] constante monitoramento e prontidão de seus efetivos para garantir a inviolabilidade de nossas fronteiras. Nesse contexto, foi antecipado um reforço de tropas e meios de emprego militar nas cidades de Pacaraima e Boa Vista", no estado de Roraima, disse a força armada em uma nota.

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Além disso, o Exército comunicou que a 1ª Brigada de Infantaria de Selva, composta por quase 2 mil militares, "intensificou sua ação de presença" na fronteira, para tarefas de "vigilância e proteção do território nacional".

Com a decisão, haverá um "aumento do número de militares na área, além de viaturas blindadas" que serão enviadas das regiões Sul e Centro-Oeste do país, informou a força armada.

Está previsto que os veículos, 16 blindados 4x4, levem 20 dias para chegar à cidade de Boa Vista, capital de Roraima.

Venezuela e Guiana disputam há mais de um século o território de Essequibo, uma região de 160 mil km² rica em petróleo e minério, que atualmente faz parte do território da Guiana.

A disputa voltou à tona depois que a companhia americana ExxonMobil descobriu grandes reservas de petróleo na região. As tensões se elevaram nos últimos dias, depois que a Venezuela realizou um referendo no fim de semana sobre a criação de uma província neste território.

Uma eventual incursão militar da Venezuela à Guiana por terra poderia forçar Caracas a passar por solo brasileiro, no estado de Roraima, segundo a imprensa brasileira.

"Atualmente, no lado brasileiro, o movimento na fronteira tem sido normal", afirmou o Exército na nota.

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