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Exército israelense nega suposto avanço de seus tanques em direção a Damasco

Segundo a televisão oficial síria, agora controlada pela oposição, soldados israelenses estão em suas posições anteriores

Veículos militares israelenses cruzam a cerca enquanto retornam da zona tampão com a Síria, perto da aldeia drusa de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, anexadas a Israel, em 10 de dezembro de 2024 (Jalaa MAREY/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 09h06.

O Exército de Israel negou nesta terça-feira, 10 , a informação que circula nas redes sobre um suposto avanço dos seus tanques em direção aDamasco, capital da Síria, e afirmou que suas forças permanecem dentro da zona desmilitarizada no sul do país onde foram destacadas na madrugada de domingo em resposta a supostos ataques insurgentes.

“Os relatos que circulam nos meios de comunicação sobre o suposto avanço dos tanques israelenses em direção a Damasco são falsos. As tropas das FDI (Forças de Defesa de Israel) estão estacionadas dentro da zona de amortização (zona desmilitarizada), como já foi dito no passado”, confirmou o Exército israelense à Agência EFE.

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Segundo a televisão oficial síria, agora controlada pela oposição, “o exército de ocupação israelense está nas suas posições anteriores a partir da parte norte de Quneitra e Hamidiya, sem qualquer novo movimento”.

Tanto o Exército como a televisão síria negam assim os relatos da emissora de televisão libanesa “Al Mayadeen”, que noticiou esta manhã que tanques israelenses ultrapassaram os limites das Colinas de Golã, no sul da Síria, e entraram na zona rural dos subúrbios de Damasco.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou na segunda-feira ao Exército do seu país que criasse uma “zona de segurança” livre de armas pesadas no sul da Síria, além da zona desmilitarizada entre os dois países; enquanto o titular das Relações Exteriores, Gideon Saar, afirmou que a presença de tropas no sul do Líbano é "temporária e limitada".

Além disso, Katz pediu às forças que garantam o controle total da zona desmilitarizada, nas Colinas de Golã, onde o Exército está destacado desde domingo, após a queda do regime de Bashar al Assad e a tomada de Damasco por insurgentes islâmicos sírios.

Israel, que deixou claro que não tem intenção de interferir nos assuntos internos do país vizinho, pediu aos habitantes de cinco cidades sírias localizadas na zona desmilitarizada que permanecessem nas suas casas.

Katz destacou que as forças israelenses também têm ordens para destruir armas estratégicas, como diferentes tipos de mísseis e foguetes e defesas antiaéreas, para que não caiam nas mãos de grupos que possam ser hostis a Israel.

No domingo, os insurgentes declararam Damasco “livre” e Bashar al Assad fugiu para Moscou com sua família como resultado de uma ofensiva insurgente que começou em 27 de novembro e foi liderada pela Organização para Libertação do Levante (HTS, na sigla em árabe), herdeira da antiga afiliada síria da Al Qaeda.

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