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Exército dos EUA considera 'legítimo' ataque na Síria em 2019

Força especial que operava na Síria bombardeou um grupo de civis perto de Baghouz, o último bastião do grupo Estado Islâmico, matando 70 pessoas, diz jornal

Síria: ataque americano teria matado mulheres e crianças.  (AFP/Reprodução)

Síria: ataque americano teria matado mulheres e crianças. (AFP/Reprodução)

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AFP

Publicado em 14 de novembro de 2021 às 17h57.

O Exército dos Estados Unidos invocou a "legítima defesa" para justificar um ataque aéreo de 2019 na Síria, que deixou civis mortos, depois que o jornal New York Times publicou uma investigação que acusa o Pentágono de ter tentado dissimular a morte dos não combatentes.

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Segundo a reportagem publicada no sábado, uma força especial americana que operava na Síria, muitas vezes em sigilo total, bombardeou em três ocasiões, em 18 de março de 2019, um grupo de civis perto de Baghouz, o último bastião do grupo Estado Islâmico (EI) na região, matando 70 pessoas, que incluíam mulheres e crianças.

O jornal afirma que um procurador militar "classificou o ataque como um possível crime de guerra", mas "o Exército adotou medidas que dissimularam o ataque catastrófico".

O Comando Central das Forças Armadas americanas indicou em um comunicado neste domingo (14) que uma investigação militar determinou que foram "ataques em legítima defesa", "proporcionais" e que "medidas apropriadas foram estabelecidas para excluir a presença de civis".

A investigação do Pentágono indica que, além de 16 combatentes do EI, pelo menos quatro civis morreram no ataque e outros oito ficaram feridos.

A investigação militar não permitiu "determinar com certeza o status [ndr: combatente ou não] de mais de 60 outras vítimas" desses bombardeios, segundo o comunicado.

Algumas mulheres e algumas crianças, "seja por doutrinação ou por escolha, decidiram pegar em armas [...] e, por isso, não puderam ser estritamente identificados como civis", concluiu o Comando Conjunto.

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