Exército do Iraque nega ter matado civis em bombardeios a cidade
O Comando desmentiu as informações divulgadas pelas autoridades locais de que pelo menos cem civis morreram
EFE
Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 14h01.
Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 14h01.
Bagdá - O Exército do Iraque negou nesta quinta-feira ter atacado alvos civis em um bombardeio contra a cidade de Al Qaim, no oeste do país, e garantiu que o ataque foi direcionado contra posições do grupo Estado Islâmico (EI).
O Comando das Operações Conjuntas do Iraque desmentiu em comunicado as informações divulgadas pelas autoridades locais de que pelo menos cem civis morreram em ataques contra Al Qaim, localizada na província de Al Anbar, perto da fronteira com a Síria.
Na nota, o órgão detalhou que os aviões do Exército do Iraque bombardearam um edifício na região de Al Karabela, que abrigava 25 terroristas suicidas do EI de diferentes nacionalidades. Entre eles estava um líder do grupo, Abu Maisara al Caucasi.
Os bombardeiros lançaram um segundo ataque contra outro imóvel de dois andares onde estavam entre 30 e 40 membros do EI, também estrangeiros, segundo o Comando das Operações Conjuntas do Iraque.
O comunicado afirma que o Exército continuará a luta contra os insurgentes nas zonas ainda controladas por eles no território iraquiano e pede que a imprensa seja precisa, evitando assim divulgar as "mentiras propagadas pelo EI".
Ontem, um membro do conselho provincial de Al Anbar, Mohammed al Dulaimi, denunciou à Agência Efe que pelo menos cem civis morreram e dezenas ficaram feridas em três ataques aéreos contra Al Qaim.
"Aviões de guerra lançaram três ataques contra diferentes lugares de uma mercado de Al Qaim", disse Al Dulaimi.
O porta-voz da coalizão internacional contra o EI, John L. Dorrian, disse por meio do Twitter que aviões da aliança comandada pelos EUA não lançaram ataques na região na hora do incidente.
O conselho provincial de Al Anbar realizará amanhã uma reunião de urgência para discutir o ocorrido e tomar as medidas oportunas, segundo Al Dulaimi.
O presidente do parlamento do Iraque, Salim al Jabouri, pediu uma investigação sobre o ocorrido e condenou a operação aérea contra os civis da cidade de Al Qaim.