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Exército de Israel indica rotas e estabelece horários para saída de palestinos do norte de Gaza

O exército israelense havia dado um prazo de 24 horas para que os civis palestinos deixassem a região norte da Faixa de Gaza

Guerra de Israel contra Faixa de Gaza (MOHAMMED ABED/AFP)

Guerra de Israel contra Faixa de Gaza (MOHAMMED ABED/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de outubro de 2023 às 09h46.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) indicaram em uma publicação em árabe neste sábado, 14, que residentes da região norte da Faixa de Gaza podem deixar a região por duas rotas seguras e devem completar o trajeto até o sul do enclave palestino das 10h no horário local (4h no horário de Brasília) até as 16h (10h no horário de Brasília).

"Se você se preocupa com si mesmo e com a sua família, vá para o sul da Faixa de Gaza", aponta a publicação do porta-voz do exército israelense em árabe, Avichay Adraee. "Tenham a certeza de que os líderes do Hamas cuidaram de si próprios e estão se protegendo".

O exército israelense havia dado um prazo de 24 horas para que os civis palestinos deixassem a região norte da Faixa de Gaza, aumentando especulações de uma possível incursão terrestre no enclave palestino, que só aconteceu forma pontual na sexta-feira 13. O exército reconheceu que a retirada dos civis do norte poderia demorar e aumentou o prazo para que os civis palestinos se locomovessem.

Mais cedo, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, apontou em um vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter) que os civis palestinos na Faixa de Gaza não são inimigos de Israel e que o exército israelense tem tentado reduzir os danos a civis no enclave palestino, em meio a guerra contra o movimento terrorista Hamas.

"Estamos lutando contra o Hamas, isso precisa ficar bem claro", disse ele. Os comentários foram feitos depois que o exército israelense pediu para que civis da Faixa de Gaza saíssem do norte do enclave e se deslocassem para o sul da Faixa de Gaza por conta de uma possível invasão terrestre.

O Ministério da Saúde de Gaza informou no sábado que 2.215 pessoas foram mortas no território, incluindo 724 crianças e 458 mulheres. O ataque do Hamas matou mais de 1.300 israelenses, a maioria civis, e aproximadamente 1.500 militantes do Hamas foram mortos durante os combates, afirmou o governo israelense.

Deslocamento de civis

De acordo com o grupo terrorista Hamas, o exército israelense matou 70 palestinos e feriu mais de 200 enquanto tentavam fugir da Cidade de Gaza depois de alertar os residentes de que precisavam se deslocar para a parte sul da Faixa de Gaza. A declaração da organização terrorista Hamas aponta que mulheres e crianças também foram mortas no ataque.

Os palestinos se deslocaram em massa do norte de Gaza na sexta-feira, depois que o exército israelense pediu para que cerca de 1 milhão de pessoas saíssem para a parte sul do enclave palestino antes de uma esperada invasão terrestre na Faixa de Gaza. A ONU alertou que retirar quase metade da população da Faixa de Gaza seria muito difícil e pediu para que Israel reverta o a decisão.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na sexta-feira, 13, que é uma prioridade de sua administração enfrentar a crise humanitária que se desenrola na Faixa de Gaza em meio a guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel. O enclave palestino tem sofrido um sucessivos ataques aéreos de Israel e com um bloqueio de alimentos, combustíveis e eletricidade após o após o ataque terrorista do Hamas contra o território israelense no sábado passado, 7.

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