Jean Bertrand Aristide: em 1991, Aristide tornou-se o primeiro presidente do país eleito democraticamente, mas poucos meses depois foi derrubado (Joe Raedle/Getty Images)
EFE
Publicado em 20 de março de 2017 às 21h35.
Porto Príncipe - O ex-presidente do Haiti Jean Bertrand Aristide escapou ileso nesta segunda-feira de um ataque a tiros que sua caravana sofreu enquanto se deslocava após deixar um tribunal na capital Porto Príncipe, afirmaram fontes de seu partido, o Família Lavalas.
Aristide, que retornou ao país em 2011 após 7 anos de exílio na África do Sul, se apresentou como testemunha perante um juiz que investiga acusações de lavagem de dinheiro a um ex-integrante de seu governo.
"Esta é uma tentativa de assassinato contra o presidente Aristide ocorrida a menos de um quilômetro do Palácio Nacional", disse Yvon Feuillé, dirigente do Lavalas, à Agência Efe, além de ressaltar que o ataque deixou vários feridos.
A comitiva de Aristide foi atacada por volta das 14h30 (hora local; 16h30 de Brasília), acrescentou ele.
O ex-governante, que prestou depoimento por mais de duas horas ao juiz Wilner Morin, estava acompanhado de alguns parlamentares de sua gestão, de seus advogados e centenas de manifestantes.
Em 1991, Aristide tornou-se o primeiro presidente do país eleito democraticamente, mas poucos meses depois foi derrubado, obrigado a se exilar e voltou ao poder três anos depois.
Ex-sacerdote, a quem seus apoiadores chamam de "Titid", ele chegou de novo à presidência em 2001 e foi destituído por uma revolta armada em 2004, após a qual foi levado à África do Sul sob custódia em um avião militar dos Estados Unidos.
Nas últimas eleições haitianas, Aristide fez várias aparições para apoiar a candidata à presidência por seu partido, Maryse Narcisse.