Ex-premier Yulia Timoshenko é condenada a sete anos de prisão
O tribunal ucraniano julgou que a ex-premier cometeu abuso de poder na assinatura de um contrato de importação de gás russo
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 14h51.
Kiev - A opositora ucraniana Yulia Timoshenko foi condenada nesta terça-feira a sete anos de prisão por abuso de poder, decisão denunciada por ela, pela UE e pela Rússia, enquanto o presidente Viktor Yanukovitch sugeriu que uma sentença mais branda poderia ser pronunciada na apelação.
Os partidários de Timoshenko anunciaram seu plano de questionar esta decisão em apelação e perante a justiça europeia, ao mesmo tempo em que convocaram a luta contra o autoritarismo na Ucrânia.
"O tribunal decidiu declarar Yulia Timoshenko culpada (...) e condená-la a sete anos de prisão', declarou o juiz Rodion Kireev, seguindo a recomendação da promotoria, acrescentando à pena a proibição de exercer funções oficiais durante três anos.
Também ordenou que a opositora pague 200 milhões de dólares à empresa pública de hidrocarbonetos Naftogaz para reembolsar as perdas ocasionadas pela empresa de contratos com a Rússia em 2009, quando era primeira-ministra.
Detida provisoriamente desde agosto, a opositora era julgada por assinar estes acordos sem autorização do governo que liderava na época.
A União Europeia, com a qual a Ucrânia tenta negociar um acordo de associação, criticou fortemente a condenação, assim como a Rússia, que negocia com Kiev a obtenção de uma bonificação gasífera.
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin declarou nesta terça-feira, durante uma visita a Pequim, que "não entende" porque a ex-primeira-ministra foi condenada.
"Verdadeiramente, não entendo muito bem porque foi condenada a sete anos", disse Putin, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Já a UE está "profundamente decepcionada" com este processo "que não respeitou as normas internacionais" e a Ucrânia vai se expor a graves consequências se Timoshenko não tiver um processo justo na apelação, declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
O ministério russo das Relações Exteriores denunciou "o caráter claramente antirrusso de todo este caso", ma medida em que o julgamento levanta questões sobre a legalidade dos contratos russo-ucranianos".
"Tais acordos foram feitos conforme a legislação russa, ucraniana e internacional", acrescentou o ministério.
A Ucrânia tenta há meses obter uma revisão dos contratos, entre eles o que pôs fim ao conflito gasífero entre Ucrânia e Rússia, que atrapalhou o fornecimento de gás russo da União Europeia. A Rússia nega-se a baixar o preço de seu gás sem uma compensação.
O presidente ucraniano, que desmente estar por trás dos problemas judiciais da mais conhecida de seus opositores, afirmou que entende as inquietações europeias.
"Sem nenhuma dúvida é um caso lamentável que impede a integração europeia da Ucrânia. Provoca inquietações da UE e entendemos a razão", acrescentou.
"Mas esta decisão não é definitiva", já que o caso Timoshenko passará para o Tribunal de Apelações, acrescentou Yanukovitch, e "a decisão que (este Tribunal) tomará e a legislação na qual se apoiará serão muito importantes", acrescentou.
Kiev - A opositora ucraniana Yulia Timoshenko foi condenada nesta terça-feira a sete anos de prisão por abuso de poder, decisão denunciada por ela, pela UE e pela Rússia, enquanto o presidente Viktor Yanukovitch sugeriu que uma sentença mais branda poderia ser pronunciada na apelação.
Os partidários de Timoshenko anunciaram seu plano de questionar esta decisão em apelação e perante a justiça europeia, ao mesmo tempo em que convocaram a luta contra o autoritarismo na Ucrânia.
"O tribunal decidiu declarar Yulia Timoshenko culpada (...) e condená-la a sete anos de prisão', declarou o juiz Rodion Kireev, seguindo a recomendação da promotoria, acrescentando à pena a proibição de exercer funções oficiais durante três anos.
Também ordenou que a opositora pague 200 milhões de dólares à empresa pública de hidrocarbonetos Naftogaz para reembolsar as perdas ocasionadas pela empresa de contratos com a Rússia em 2009, quando era primeira-ministra.
Detida provisoriamente desde agosto, a opositora era julgada por assinar estes acordos sem autorização do governo que liderava na época.
A União Europeia, com a qual a Ucrânia tenta negociar um acordo de associação, criticou fortemente a condenação, assim como a Rússia, que negocia com Kiev a obtenção de uma bonificação gasífera.
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin declarou nesta terça-feira, durante uma visita a Pequim, que "não entende" porque a ex-primeira-ministra foi condenada.
"Verdadeiramente, não entendo muito bem porque foi condenada a sete anos", disse Putin, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Já a UE está "profundamente decepcionada" com este processo "que não respeitou as normas internacionais" e a Ucrânia vai se expor a graves consequências se Timoshenko não tiver um processo justo na apelação, declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
O ministério russo das Relações Exteriores denunciou "o caráter claramente antirrusso de todo este caso", ma medida em que o julgamento levanta questões sobre a legalidade dos contratos russo-ucranianos".
"Tais acordos foram feitos conforme a legislação russa, ucraniana e internacional", acrescentou o ministério.
A Ucrânia tenta há meses obter uma revisão dos contratos, entre eles o que pôs fim ao conflito gasífero entre Ucrânia e Rússia, que atrapalhou o fornecimento de gás russo da União Europeia. A Rússia nega-se a baixar o preço de seu gás sem uma compensação.
O presidente ucraniano, que desmente estar por trás dos problemas judiciais da mais conhecida de seus opositores, afirmou que entende as inquietações europeias.
"Sem nenhuma dúvida é um caso lamentável que impede a integração europeia da Ucrânia. Provoca inquietações da UE e entendemos a razão", acrescentou.
"Mas esta decisão não é definitiva", já que o caso Timoshenko passará para o Tribunal de Apelações, acrescentou Yanukovitch, e "a decisão que (este Tribunal) tomará e a legislação na qual se apoiará serão muito importantes", acrescentou.