Exame Logo

Ex-funcionário da CIA é acusado de revelar informações

John Kiriakou, de 47 anos, trabalhou para a CIA entre 1990 e 2004, tanto no quartel-general da agência de espionagem em Langley, como em missões internacionais secretas

Kiriakou também é acusado por fazer 'falsas declarações' e supostamente mentir à Junta de Revisão de Publicações da CIA (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 19h52.

Washington - Um ex-funcionário da CIA (agência de inteligência americana) foi acusado de revelar várias vezes informação confidencial à imprensa, inclusive o nome de um agente infiltrado e detalhes sobre a operação para capturar e interrogar um dos chefes da Al Qaeda, informou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça.

John Kiriakou, de 47 anos, trabalhou para a CIA entre 1990 e 2004, tanto no quartel-general da agência de espionagem em Langley, como em várias missões internacionais secretas, indicou o Departamento em comunicado.

Kiriakou está sendo acusado de violação da lei de proteção de identidade dos membros dos serviços de inteligência por identificar um agente infiltrado e por violar a lei de espionagem ao revelar informação nacional de defesa a indivíduos não autorizados a recebê-la.

Além disso, é acusado por fazer 'falsas declarações' e supostamente mentir à Junta de Revisão de Publicações da CIA em uma tentativa fracassada de enganar a agência para incluir informação confidencial em um livro que publicaria.

A denúncia apresentada hoje perante o Tribunal da Virgínia aponta que Kiriakou fez revelações ilegais sobre dois funcionários da CIA e sua participação em operações confidenciais, a dois jornalistas, em várias ocasiões entre 2007 e 2009.

Em um dos casos, revelou o nome do funcionário identificado na denúncia como 'agente infiltrado A', enquanto ainda fazia parte da operação secreta.

No segundo caso, supostamente revelou o nome e informação de contato de um funcionário, identificado na denúncia como 'agente B', que participou da operação para capturar e interrogar o terrorista Abu Zubaydah.


'Proteger a informação confidencial, inclusive a identidade dos funcionários da CIA que participam de operações secretas, é crítico para manter nossos agentes de inteligência seguros e salvaguardar nossa segurança nacional', declarou o procurador-geral, Eric Holder, em comunicado.

Holder frisou que as acusações apresentadas hoje contra Kiriakou demonstram o compromisso do Departamento de Justiça de 'responsabilizar qualquer um que viole a solene obrigação de não revelar esse tipo de informação'.

As acusações apresentadas são o resultado de uma investigação que começou depois que a defesa de Abu Zubayadah, considerado 'número dois' da Al Qaeda, apresentou uma folha que continha informação confidencial 'que não havia sido dada pelos canais oficiais', indicou o Departamento Justiça em comunicado.

O que alarmou ainda mais as autoridades foram fotos descobertas na primavera de 2009 entre os documentos da defesa nas quais apareciam alguns funcionários do governo.

A investigação revelou que, em várias ocasiões, um dos jornalistas aos quais supostamente Kiriakou facilitou informação, a repassou para um investigador da equipe da defesa do detido.

O Departamento de Justiça esclareceu que não há alegações de atividade criminosa por parte dos membros da equipe de defesa dos detidos.

Veja também

Washington - Um ex-funcionário da CIA (agência de inteligência americana) foi acusado de revelar várias vezes informação confidencial à imprensa, inclusive o nome de um agente infiltrado e detalhes sobre a operação para capturar e interrogar um dos chefes da Al Qaeda, informou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça.

John Kiriakou, de 47 anos, trabalhou para a CIA entre 1990 e 2004, tanto no quartel-general da agência de espionagem em Langley, como em várias missões internacionais secretas, indicou o Departamento em comunicado.

Kiriakou está sendo acusado de violação da lei de proteção de identidade dos membros dos serviços de inteligência por identificar um agente infiltrado e por violar a lei de espionagem ao revelar informação nacional de defesa a indivíduos não autorizados a recebê-la.

Além disso, é acusado por fazer 'falsas declarações' e supostamente mentir à Junta de Revisão de Publicações da CIA em uma tentativa fracassada de enganar a agência para incluir informação confidencial em um livro que publicaria.

A denúncia apresentada hoje perante o Tribunal da Virgínia aponta que Kiriakou fez revelações ilegais sobre dois funcionários da CIA e sua participação em operações confidenciais, a dois jornalistas, em várias ocasiões entre 2007 e 2009.

Em um dos casos, revelou o nome do funcionário identificado na denúncia como 'agente infiltrado A', enquanto ainda fazia parte da operação secreta.

No segundo caso, supostamente revelou o nome e informação de contato de um funcionário, identificado na denúncia como 'agente B', que participou da operação para capturar e interrogar o terrorista Abu Zubaydah.


'Proteger a informação confidencial, inclusive a identidade dos funcionários da CIA que participam de operações secretas, é crítico para manter nossos agentes de inteligência seguros e salvaguardar nossa segurança nacional', declarou o procurador-geral, Eric Holder, em comunicado.

Holder frisou que as acusações apresentadas hoje contra Kiriakou demonstram o compromisso do Departamento de Justiça de 'responsabilizar qualquer um que viole a solene obrigação de não revelar esse tipo de informação'.

As acusações apresentadas são o resultado de uma investigação que começou depois que a defesa de Abu Zubayadah, considerado 'número dois' da Al Qaeda, apresentou uma folha que continha informação confidencial 'que não havia sido dada pelos canais oficiais', indicou o Departamento Justiça em comunicado.

O que alarmou ainda mais as autoridades foram fotos descobertas na primavera de 2009 entre os documentos da defesa nas quais apareciam alguns funcionários do governo.

A investigação revelou que, em várias ocasiões, um dos jornalistas aos quais supostamente Kiriakou facilitou informação, a repassou para um investigador da equipe da defesa do detido.

O Departamento de Justiça esclareceu que não há alegações de atividade criminosa por parte dos membros da equipe de defesa dos detidos.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPrisões

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame