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Ex-dirigente do IRA será julgado por assassinato de 1972

O acusado, de 79 anos, será processado por suposta cumplicidade no sequestro, assassinato e posterior enterro em um local secreto de viúva católica


	Irlanda do Norte: McConville, viúva de 37 anos e mãe de dez filhos, foi executada pelo IRA após ser acusada de espionar para as forças britânicas
 (Charles McQuillan / Getty Images)

Irlanda do Norte: McConville, viúva de 37 anos e mãe de dez filhos, foi executada pelo IRA após ser acusada de espionar para as forças britânicas (Charles McQuillan / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2016 às 08h56.

Dublin - O norte-irlandês Ivor Bell, histórico dirigente do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês) em Belfast, será julgado pelo assassinato da católica Jean McConville, um crime cometido na Irlanda do Norte em 1972 por essa organização paramilitar, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

O acusado, de 79 anos, será processado por suposta cumplicidade no sequestro, assassinato e posterior enterro em um local secreto de McConville, assim como por filiação a grupo armado.

A juíza instrutora, Amanda Henderson, afirmou que as provas apresentadas pela Promotoria são suficientemente sólidas para justificar o processo contra Bell por um crime que comoveu a sociedade irlandesa da época.

McConville, viúva de 37 anos e mãe de dez filhos, foi executada pelo IRA após ser acusada de espionar para as forças britânicas, o que era falso, e seu corpo só foi encontrado em 2003, quatro anos depois que o grupo reconheceu sua autoria e deu pistas sobre o paradeiro.

A vítima foi uma das 17 pessoas - 19 homens e uma mulher, os chamados "Desaparecidos" - que o IRA sequestrou, assassinou e enterrou em lugares secretos por colaborar supostamente com as forças da ordem durante o conflito norte-irlandês.

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